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Coluna SEGUNDA ANÁLISE - O MITO DO FALSO HEROI

*Por Anaximandro S. Cavalcanti

 O MITO DO FALSO HEROI 

Seria possível encontrar o ponto de mutação entre o super secretário e o deputado? Entre um traidor e um homem que ressurge? Para esse fim, devemos retornar ao início da criação do mito destes falsos heróis.

Na urgência de seus anseios, eles inventaram o mito heroico, disfarçando a verdade em uma mentira consoante; um exalta-se como articulador de todas as coisas, – e com justiça, porque conduzira todos os desgarrados e mesmo antigos inimigos ao primeiro escalão do governo. Outro, reivindica para se as maiores conquistas de nosso povo, gaba-se de proezas acrobáticas que o livram a séculos de ser inelegível. Formaram uma comunidade totêmica de fieis para lhe exaltarem de dia e de noite, todos unidos em prol destes falsos heróis.

Porém, essas realizações são como contos de fadas, facilmente desmentidas, porque nelas amiúde descobrimos que, eles só podem realizar suas missões com a ajuda de uma multidão de prestáveis, diligentes e obsequiadores que enfeitam e engrandecem seus atos em cordel. Esses seriam os “irmãos”, da mesma forma que no simbolismo onírico insetos ou animais nocivos significam irmãos e irmãs.

Assim, a mentira do mito elevaria suas imagens a de heróis, o passo com o qual um sonha em libertar-se do poder e da influência daquela que quer ser a “mãe de todos os sonhos, a rainha, a imperatriz”, e ter seu próprio reino; e o outro devaneia com uma sala de estar de um belíssimo apartamento na asa sul.

Mas no fundo, eles próprios sabem que esse herói não é real. Ele só existe fora da realidade ou quando levam seus ouvintes ao nível da imaginação.

Psicólogo com 15 anos de clínica. Escritor e entusiasta.

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