COM MEDO DA PRISÃO, EX-PREFEITO PAGOU HOJE (27) UM MÊS DE PENSÃO ALIMENTÍCIA.
Pagamento de R$ 3.110,00 refere-se ao mês de novembro, mas ação do MPE prever pagamento dos meses vencidos (dezembro, janeiro e fevereiro).
Com receio do que poderia acontecer com ele, principalmente
depois da autuação por posse ilegal de armas de sua esposa, Ivonilce Mourão (clique aqui
para saber mais), o ex-prefeito de Buriti-MA, Neném Mourão, decidiu hoje (27)
pagar a pensão alimentícia no valor de cinco salários mínimos, referentes
apenas a novembro, determinada pela Justiça. Dessa vez, o “Macho maxixe maduro” ou “osso
duro de roer”, como ele mesmo se autonomeia, recuou ante a possibilidade de
ver o sol nascer quadrado.
O ex-prefeito estava relutante em pagar o
determinado, tanto que ainda apresentou, no último prazo disponível, justificativa
de impossibilidade de pagamento do valor de cinco salários mínimos (R$
3.110,00) para alimentos provisórios, determinado em despacho do Juiz Dr
Cristiano Simas de Sousa, titular da 1ª Vara da Comarca de Chapadinha, que
respondia, até então, pela Comarca de Buriti. A decisão havia sido proferida em
8 de janeiro.
Na sua defesa, o ex-prefeito afirma ganhar
apenas R$ 1.500,00 na função de secretário adjunto municipal de Educação
(pasmem!), nomeado pelo atual prefeito, tendo, portanto, renumeração mensal inferior
à metade do exigido pela juíza. Ou seja, o que ele está ganhando mal dá para
ele se sustentar.
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PORTARIA QUE GARANTE AO EX-PREFEITO SECRETARIA ADJUNTA DE EDUCAÇÃO |
Neném Mourão ainda argumenta que Gerlene
Vieira de Sousa, mãe da menor e sua ex-amante, deveria arcar com parte das
despesas, já que, segundo a defesa, seria funcionária pública no município de
Anapurus. Questionada pelo Correio, Gerlene nega que ainda
esteja trabalhando no hospital de sua cidade.
No documento de defesa apresentado, alega
ainda ter créditos de quase 3 mil reais nas mãos de Gerlene, referentes a mercadorias
e alimentos comprados em comércio. Como prova desse crédito, o ex-prefeito
anexou onze notas de entrega, em valores médios de 200 reais, sendo que algumas
correspondiam a material de construção. É mesmo irônica essa defesa, tendo em
vista que a ação é para pagamento de pensão alimentícia e o ex-prefeito se
defende apresentando notas de construção. Não conheço até hoje nenhuma criança
que se alimente de tijolos e cimento.
Outro ponto que chama atenção na defesa do
ex-prefeito é a função nobre a que se submeteu o, até então, vereador e
presidente da Câmara Municipal de Buriti, Raimundo Camilo, atualmente
vice-prefeito: levar mensalmente 300 reais a ex-amante do prefeito. Na
declaração assinada pelo vice-prefeito, em 31 de janeiro, ele afirma ter pago, em
nome do ex-prefeito, mensalmente, 300 reais, de 20 de janeiro de 2009 a 20 de
janeiro de 2012, totalizando quase 11 mil reais, para Gerlene Vieira de Sousa.
Para completar suas alegações, o ex-prefeito
ainda pede a nulidade do resultado do exame de DNA que comprovou a paternidade
da criança. Ele justifica que o resultado positivo não pode ser apresentado
como prova única. (Deus do Céu!) O que mais será então necessário para provar
que Neném Mourão é o pai da menina que é parecidíssima com ele? Talvez as imagens
das câmeras do dia da concepção? Sei não, mas essa defesa está mais parecendo
enrolação de advogado. É a República de Buriti.