Trending

Claro anuncia implantação da primeira rede 5G comercial no Brasil

A Claro anunciou na última quinta-feira 2/7 a implantação da primeira rede comercial com a tecnologia 5G no Brasil. Para tanto, a operadora utiliza frequências que já detinha nas gerações anteriores de redes de celular, aplicando o compartilhamento dinâmico de espectro (DSS, na sigla em inglês) para gerenciar a rede entre diferentes tecnologias. A fornecedora da tecnologia é a Ericsson.

A operadora não informou quais faixas estão sendo utilizadas, mas diz que a aquisição da Nextel foi importante porque permitiu contar com maior capacidade em frequências, conforme analisado pelo TELETIME. A empresa adquirida detinha espectro especialmente nas faixas de 850 MHz e 2,1 GHz (usadas no 3G) e 1,8 GHz (4G). 

Com essa maior quantidade de espectro, a Claro diz ter "condições únicas para fazer o compartilhamento da rede com o 5G DSS, garantindo mais qualidade de experiência e ainda contando com o 4,5G para complementar a cobertura onde o 5G DSS ainda não está disponível". Ainda assim, a empresa conta também com as futuras frequências que serão leiloadas pela Anatel.

A tecnologia do compartilhamento dinâmico de espectro já havia sido demonstrada pela Claro e os mesmos parceiros – Ericsson, Motorola e Qualcomm – em fevereiro deste ano, na sede da operadora em São Paulo. As condições para o lançamento foram proporcionadas por recentes avanços na Anatel, que já havia dito que as teles não precisariam esperar o leilão para lançar a tecnologia.

Primeiro celular

O anúncio da rede 5G é feito simultaneamente com o pré-lançamento do primeiro smartphone compatível com a tecnologia, o Motorola Edge. O aparelho é equipado com chipset Qualcomm Snapdragon 765, que é compatível com o recurso DSS, além de suporte a frequências sub-6 GHz e de ondas milimétricas no 5G e de compatibilidade com o WiFi6. 

Nos Estados Unidos, o celular é vendido com exclusividade na operadora Verizon por US$ 1 mil. Pelo menos no modelo norte-americano, o Motorola Edge é compatível com as bandas sub-6 GHz n2 (1.900 MHz / PCS), n5 (850 MHz) e n66 (1.700/2.100 MHz, ou a AWS-3).

Infraestrutura

A Claro diz que os investimentos feitos para implantar o 5G DSS com as frequências atuais serão "automaticamente aceleradores da implantação definitiva do 5G, com a posterior adição do espectro de 3,5 GHz e das faixas de onda milimétricas". Ou seja, com as frequências previstas no leilão de 5G, que deve ocorrer só em 2021. A operadora lembra que o espectro licitado terá bandas mais altas (3,5 GHz e 26 GHz) e, por isso, precisará de maior quantidade de antenas. 

A cobertura será focada em certas regiões neste plano inicial, mas a tele informa que a cobertura do 5G DSS "crescerá gradativamente nos próximos anos dentro do projeto de modernização e expansão de capacidade de rede móvel da operadora". De acordo com a Claro, a implantação da rede 5G DSS será detalhada na próxima semana, incluindo essa cobertura inicial e o início das vendas do aparelho. A capital São Paulo está nesta primeira etapa.

Para possibilitar o uso do 5G e compartilhamento dinâmico, a operadora está promovendo a virtualização das funções de rede (NFV), com a descentralização do core para data centers mais próximos dos clientes – ou seja, edge computing. "Esta é outra atividade atualmente em andamento no plano de modernização da rede da Claro", diz o comunicado, que ressalta que a "solução definitiva e esperada do 5G" ainda vai demandar tempo, investimento e trabalho.

Migração gradativa

Em comunicado, o presidente da Claro, José Félix, diz que a infraestrutura da operadora em 4,5G e os investimentos em outros elementos da rede permitem à empresa oferecer "uma migração gradativa e transparente para o 5G, antes mesmo das novas frequências dedicadas a essa nova tecnologia terem sido outorgadas no País". O executivo afirma que o lançamento reforça o compromisso com o Brasil, "apesar dos tempos difíceis que vivemos no momento".

Junto com as parceiras Ericsson, Motorola e Qualcomm, a operadora pretende trabalhar "em conjunto com a sociedade para usar o 5G como ferramenta de combate ao coronavírus e seus efeitos nocivos para a economia do País". Isso significa iniciativas ligadas à telemedicina e educação a distância, especialmente para a população mais vulnerável.

A Claro acredita que o 5G será veículo de uma "grande transformação" com as características de maior throughput e baixa latência, bem como a maior presença da conectividade. Assim, justifica que o uso do DSS vai ajudar a acelerar a implantação da tecnologia. "O 5G DSS revela-se uma forma de trazer evolução gradativa e que vem sendo utilizada como alternativa pelas maiores operadoras do mundo, inclusive em economias desenvolvidas, como Estados Unidos e Europa, e onde o espectro de 3,5GHz e de ondas milimétricas já foi alocado", disse o CEO da unidade de consumo e PME da Claro, Paulo Cesar Teixeira. 

 DO TELETIME


Postar um comentário

O comentário não representa a opinião do blog; a responsabilidade é do autor da mensagem. Ofensas pessoais, mensagens preconceituosas, ou que incitem o ódio e a violência, ou ainda acusações levianas não serão aceitas. O objetivo do painel de comentários é promover o debate mais livre possível, respeitando o mínimo de bom senso e civilidade. O Redator-Chefe deste CORREIO poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema proposto.

Postagem Anterior Próxima Postagem
header ads
header ads
header ads