O crime ocorreu
em 11 de julho de 1997 e deixou a ex-primeira-dama
paraplégica. A pena será cumprida em regime fechado na
Penitenciária de Pedrinhas, na capital; porém, ele poderá recorrer em liberdade
por determinação do juiz.
Foi condenado a 10 anos de reclusão Antônio Moreira
Rocha, conhecido como “Tosa”,
acusado de tentar matar a tiros a mulher do ex-prefeito de Santa Quitéria do
Maranhão (a 88,7 km de Buriti-MA), Manin Leal, a vereadora Maria Ivanice
Pimentel Leal, candidata à prefeitura daquele município nas eleições deste ano.
A pena será cumprida em regime fechado
na Penitenciária de Pedrinhas, na capital. O julgamento ocorreu na última
sexta-feira (25), no 1º Tribunal do Júri de São Luís, presidido pelo juiz Osmar
Gomes dos Santos.
O julgamento começou por volta das 9h de
sexta-feira (25), no Salão da 1ª Vara do Tribunal do Júri, no Fórum Des. Sarney
Costa (Calhau), e só terminou por volta da meia noite. Foram ouvidas oito
testemunhas arroladas pela defesa e pela acusação. Na acusação, atuou o
promotor de Justiça Willer Siqueira e a advogada Lenir Vasconcelos (assistente)
e na defesa, o advogado Erivelton Lago. O juiz concedeu ao réu o direito de
recorrer da decisão do júri em liberdade.
SOBRE O CRIME
O crime ocorreu em 11 de julho de 1997, por volta
das 19h30, na residência da vítima, no município de Santa Quitéria. Devido à
grande repercussão desse caso na região, foi feito o pedido de desaforamento do
processo para São Luís no ano de 2015.
Em consequência da tentativa de homicídio, Maria
Ivanice Pimentel Leal ficou paraplégica e usa cadeira de rodas. Emocionada, ela
relatou, durante a sessão de julgamento na sexta-feira (25), que estava em casa
com o filho de seis meses no colo, quando Antônio Moreira Rocha, armado com um
revólver, entrou na residência perguntando pelo então prefeito Manin Leal.
Quando ela respondeu que o marido não se encontrava no local, o acusado atirou
acertando dois disparos contra a vítima, atingindo-a no tórax e nas costas. O
réu ainda tentou atirar contra a criança, mas foi impedido por uma pessoa que
estava no local.
Segundo a denúncia do Ministério Público, a
motivação do crime seria porque o então prefeito Manin Leal teria passado à
outra pessoa a concessão do serviço de transporte que fazia linha da sede do
município de Santa Quitéria para o povoado Buriti Seco. Antes a linha de ônibus
era explorada pelo do acusado.
(Da AssCom/CGJ)