DESERTIFICAÇÃO
Era tudo muito bonito,
O verde da mata contrastava com o azul
do infinito.
A imponência da mãe natureza,
Era uma vida, uma beleza,
Mas trituraram tudo, fizeram uma festa
No coração da nossa floresta.
A imponência,virou impotência, já era
Dá só uma olhada e verás o que ainda
era
Perdemos pro homem,pros tratores e pro
ronco do motosserra
O que antes era bruto, pequi, murici,
Araçá, jatobá, jataí, bacuri e cajuí
Espinha dorsal da nossa chapada
Virou cinzas, sol, poeira e estrada
Sem sombra, desértica, num processo
contínuo de desvalorização
Herança sórdida que tá ficando para
futura geração
E por onde se passa
Estragos. Quando não é fogo, é um
nevoeiro de fumaça
Árvores virando lenha,lenha virando
carvão
A nossa maior riqueza, a chapada, uma
desertificação.
*Francisco Luís das C. Rocha: mais conhecido por
prof.º Lulu, é buritiense, graduado em Letras
pela Universidade Federal do Amazonas e também em Física pela Universidade Estadual
do Maranhão (UEMA. Já morou em vários Estados do Brasil, como PI, AM, RO, PA,
AP, DF, MT e RJ e por essas andanças acumulou ampla cultura e assimilou os mais
diversos costumes regionais sem nunca esquecer as raízes buritienses. Reside
atualmente em Buriti-MA e se define como um apaixonado por poesias, em especial
os sonetos das variadas escola literárias, e destaca, entre eles, os
parnasianos.
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Coluna do Benedito
Um poema poema! Não há outro adjetivo. Maravilhoso. Nos inspira uma canção. Uma melodia de lamento. Propomos ao professor musica-lo. Nos emocionou. É uma exigência. Cada verso já é uma melodia, o conjunto uma canção. Parabéns ao professor Lulu, que tenho o prazer de conhecer através desse relato. Apesar da crueldade, é sublime a interpretação do que fizeram e continuam fazendo com o meio ambiente da nossa região.
ResponderExcluirNão entendi. Postei um comentário sobre o poema do professor Lulu, e apreceu essa observação : Sua inscrição de comentário por e-mail (endereço altoastralnews@gmail.com) foi cancelada para essa postagem. (postagem anterior). Temos como recuperar o comentário, ou foi erro essa observação, e o texto está para ser aprovado ou não pelo blogue? Lamentável. (???)
ResponderExcluirPerfeito nossa chapada hoje nada mais é triste realidade
ResponderExcluirAproveitando a oportunidade quero dizer que, a grilagem de terras corre solta em Buriti .
ResponderExcluirCom o interesse dos gaúchos em ampliar os sus negócios, alguns moradores do nosso município estão se apossando indevidamente das terras que pertencem A União, estão forjando documento e vendendo-os como se fossem seus . A quadrilha é grande . Há advogados e pessoas dentro de cartórios produzindo os documentos .Entre essas pessoas há uma senhora em Buriti, que já foi citada em um processo judicial envolvendo o ex-prefeito Zé Vilar, onde os mesmos forjaram documentos de um terreno localizado em um povoado chamado ingá . Há, também, o caso de um terreno localizado por trás da antiga casa dos padres Júlio e José .
Fica aqui os meus parabéns ao Lulu, por esta bela poesia .
Odeio a soja com todos os impactos que ela deixa.Triste passar pela Chapada e ver os campos solitários de uma semente maldita que se chama soja.Os pequenos proprietários que pressionados venderam seu pedaço de chão ...compraram uma moto. tristezaaaa.
ResponderExcluirParabéns pelo poema! Bem exemplificado...
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