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Coluna SEXTA DE NARRATIVAS - ZÉ FULÔ, AMIGO DE GERAÇÕES

JOSÉ FLORINDO era da família dos Florindo que tinha um famoso clarinetista de nome RAIMUNDO FLORINDO do corpo da banda musical Buriti.

ZÉ FULÔ, também era músico, era um famoso tocador de bombo da banda da família dos Pedreiros, e que na época dos festejos de Sant’Ana também fazia parte da banda de música Buritiense, se orgulhava, de envergar a farda verde-azul quando se engalanava na porta da igreja matriz encantando a todos os romeiros.

Na verdade, o meu amigo Zé Fulô pertencia também a Família Suzana e a Família Catarinos, que eram primos de dona Aldimira. Era um cidadão que eu o chamava de cidadão sorriso em razão de ele cumprimentar todo mundo, sempre com um sorriso puro, um tratamento de sim Senhor, sim Senhora, meu Senhorzinho!

Adorava todas as pessoas, mas tinha uma predileção pelos da sua idade com os quais brincavam de igual para igual, mesmo tratando os estudantes de “Doutorzinho”. Foi amigo de infância do meu saudoso primo Expedito Gomes de Lima que ainda jovem acompanhando a sua família foi morar na cidade mineira de Inhapim, passando por Juiz de Fora, e finalmente Belo Horizonte, no entanto, nas cartas que mandava para o meu avô e para o meu pai sempre faziam referências ao nosso querido Zé Fulô, e este ficava maravilhado.

Tendo eu o conhecido desde infância mantive essa relação de amizade com ele, e depois de já ter me tornado adulto e profissional sempre que eu o encontrava era uma festa, que envolvia abraços, carinho e respeito. Envolvia também muitas histórias, TIRADAS, dentre elas “Hey, caboco da rubua” ou então quando alguém cometia uma bobagem ele dizia: “Aí se lascou-se”.

Adorava receber uma “gorjetinha” embora nunca pedisse, ganhava dentre os seus conhecidos que tinham alguma posse, normalmente os seus conterrâneos que com ele conviveram desde cedo, eu normalmente sem falhar como ele dizia, depois do abraço de reencontro sempre tirava do meu bolso uma lembrancinha pecuniária e ganhava em troca um sorriso e uma tirada: “vaiá pra lá pobreza da desgraça”.

Não há entre os meus conterrâneos conhecido da fase ZÉ FULÔ, que não tenha ouvido e participado dessas tiradas e da vida simples, no entanto, permeada de dignidade, de uma amizade pura e verdadeira, e da vida sempre alegre, sempre feliz, que viveu e deixou gravada uma página louvável e engrandecedora da história da nossa grande Buriti, que ele tanto gostava de me ouvir repetir essa frase : “meu caro ZÉ FULÔ, a nossa cidade é o nosso TORRÃO SAGRADO que o SENHOR DEUS de bondade nos presenteou , e ele respondia “ é verdade mermo Doutor Djalma”.

 MEU SAUDOSO E QUERIDO AMIGO ZÉ FULÔ.

Você faz parte da galeria de vultos históricos, que engrandecem, a história de vida de Buriti, razão pela qual eu o homenageio com o título de CIDADÃO SORRISO da nossa terra!

Obrigado por ter sido partícipe da história da minha infância e da minha juventude.

SOBRE O AUTOR

É buritiense, ardoroso amante da sua terra, deu seus primeiros passos no velho Grupo Escolar Antônia Faria, cursou o Ginásio Industrial na Escola Técnica Federal do Maranhão e Científico no Liceu piauiense e no Liceu maranhense, bacharelou-se em Direito pela Faculdade de Direito/UFMA, é advogado inscrito na OAB/MA, ativo, Pós-graduado em Direito Civil, Direito Penal e Curso de Formação de Magistrado pela Escola de Magistrados do Maranhão, Delegado de Polícia Civil, Classe Especial, aposentado, exerceu todos os cargos de comando da Secretaria de Segurança Pública do Maranhão, incluindo o de Secretário. Detesta injustiça de qualquer natureza, principalmente contra os pobres e oprimidos, com trabalho realizado em favor destes, inclusive na Comarca de Buriti

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