A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) adiou na última quinta-feira 12/12
mais uma vez um dos primeiros passos para iniciar o projeto de implementação
do 5G no país. Com o
acúmulo de mais um atraso, a previsão agora é de que o edital saia apenas no
segundo semestre do ano que vem e, portanto, a tecnologia seja liberada para
funcionar por aqui somente em 2021.
O adiamento aconteceu por um desentendimento entre conselheiros da
agência. Primeiro, o relator do processo, Vicente Aquino, propôs um plano de
divisão de frequências em lotes para dar espaço para pequenas operadoras. Em
seguida, Emanoel Campelo fez um "pedido de vista" — ou seja, uma
solicitação de adiamento para que uma pessoa possa analisar melhor um projeto.
Isso adiou a decisão para a realização de debates, já que o grupo estava
dividido e as grandes empresas do setor não curtiram a divisão.
Agora, na última reunião do ano, Campelo propôs um retorno às regras
originais e Aquino pediu novo adiamento — o que foi negado pelo presidente da
agência. Entretanto, outro conselheiro, Moisés Moreira, solicitou vistas em seu
próprio nome e conseguiu travar o processo.
E AGORA?
O voto de Moreira será decisivo para saber se o plano de divisão de
Aquino ou a volta às raízes de Campelo (que diz ser arriscado implementar um
novo modelo de leilão na chegada de uma nova tecnologia) será escolhido como
modelo do leilão.
Com a escolha, o edital deve seguir para consulta pública e, em seguida,
iniciar os processos de realização do leilão das frequências com as operadoras
— 700 MHz, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHz. Além disso, as empresas de infraestrutura
em telecomunicações que vão trabalhar com elas também serão definidas nesse
período.
Além do atraso no leilão, o 5G brasileiro tem outros
obstáculos: uma possível interferência de uma das frequências com o sinal de
antenas parabólicas e a polêmica na escolha ou não da Huawei, possivelmente graças a uma
pressão política dos Estados Unidos, atualmente em guerra comercial com
a fabricante.
Do site TecMundo
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