O blog iniciou no dia de 17 de março deste ano, esta série especial, onde são publicados textos sobre a vida de poetas, escritores, críticas de livros referentes à Buriti de Inácia Vaz, através do escritor e poeta Francisco Carlos Machado, autor de sete livros já publicados.
Na COLUNA
UM OLHAR LITERÁRIO DE BURITI de hoje, 11 de agosto, você vai conhecer
o poeta, escritor, professor e intelectual Benedito Ferreira Marques, o amante
do seu povoado Barro Branco, em Buriti/MA. Abaixo
você lerá sua biografia extraída do livro Vozes
Poéticas dos Morros Garapenses, 2º edição, que deve ser lançado agora em
agosto nas cidades de Buriti, Duque Bacelar e São Luís. Veja
abaixo.
*Por Francisco Carlos
Machado
Declarante orgulho de ter nascido no
Barro Branco, no ano de 1939, povoado distante 10 km
da sede do município de Buriti - Benedito Ferreira Marques - o poeta Benedito
Marques (homem talentoso, culto, multifacetado, possuidor de boa formação
acadêmica), é também em vida a materialização plena dos sonhos de seu pai
Horocídio Marques e Mariana Ferreira, quando em 2 de janeiro de 1945 ao
deixarem o Barro Branco para morarem na cidade Buriti, segundo depoimento de
Benedito sobre os pais: “eles conceberam um audacioso projeto para os filhos
para os mesmos não tivessem o mesmo destino deles. Era preciso fazer ao menos
um bilhete. Queriam que pelo menos o mais velho fizesse o ginásio”.
Dos nove filhos do casal (todos
tiveram não somente boa formação superior, como sucesso nas carreiras que
abraçaram) sendo que tal sonho, em Benedito, segundo deles, alcançaram altos
patamares. Ele se graduou em Direito pela UFMA (1967); se especializou em
Direito Agrário, Civil e Comercial; o mestrado em (1988) e o doutorando em
2004, pela UFPE, quando estava com a idade de 66 anos, defendendo a tese “A
Natureza Real e Contratual de Outorga do Direito de Uso dos Recursos Hídrico”. O título de doutor favoreceu que Benedito
Marques ocupasse o cargo de Vice-Reitor da Universidade Federal do Goiás, em 2006
cargo que corou com louvou sua carreira na docência, onde também chegou a
exercer os cargos de Diretor
Agrário da Faculdade de Direito da UFG; coordenador dos cursos de
especialização em Direito, como de professor do Programa de Mestrado em
Direito.
Benedito trabalhou como advogado do
Banco do Brasil durante anos, onde se aposentou. Em sua família, dos quadros
irmãos com obras publicadas, é o mais profícuo, se tornando também o escritor
dos filhos de Inácia Vaz/APA dos Morros Garapenses o autor com maior produção.
Sua obra “Direito Agrário Brasileiro”, uma das mais conhecidas, em 2004 já
estava na 5º edição. O mesmo é membro de várias instituições literárias, como a
Academia Maranhense de Letras Jurídicas; Academia Brasileira de Letras
Agrárias; Academia Goiana Maçônica de Letras. Morando em Goiânia desde 1973,
foi condecorado com o título de “Cidadão Goianense”.
Poeta, Benedito afirma “cismar ser”,
porém, é, e com alma e louvor. E sua faceta poética se manifesta em versos com
rimas e técnicas bem-feitas, além de se utilizar de versos brancos, livres.
Possui diversos poemas dispersos, com alguns publicados em alguns livros seu:
“Jacá de Letras” e “Cambica de Buriti”; títulos em si muito poéticos, com
conteúdos plurais, carregados de sentimentos e reminiscência carinhosa da vida
buritiense.
Atualmente, aos 80 anos, mesmo com
partes da visão perdida pela idade, Benedito Marques usufrui sua aposentadoria
pelos anos de labuta e muitas vitórias; mas continua na ativa, produzindo
intelectualmente, cultivando a companhia dos netos e amando a vida e a
humanidade.
Ele não é somente um orgulho de seus
pais e familiares, como é para todos os buritienses e os brasileiros em geral.
Mimetismo
da estrada
No princípio era branca,
que nem o barro da longíguas
terra
de alguns nasceres.
Fizeram –me rubra, depois,
Piçarrando - me o leito, à
rodovia.
E, aí, pintava de sangue
as correntes do rio,
na fúria da água caída.
Agora sou negra, sinuosa e
fria;
traiçoeira e escorregadia,
tal serpente ao chão
estendida.
A
vitória da Humildade
Foi, é e será sempre assim:
a gente sonha acordado,
e busca o ideal sonhado,
mas a luta não chega ao fim.
As vitórias são lisonjeiras,
mas as glórias são
passageiras,
porque os degraus da subida
são os caminhos da vida.
Se sonho virou verdade,
dê-se viva à humildade.
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