Por Benedito Marques
Conta-se que, em 1930, Getúlio
Vargas estava demorando na decisão de nomear o Governador de Minas Gerais. O
mais cotado era o político Benedito Valadares. Mas, diante da indecisão
inquietante da classe política de então, uma indagação ecoou naquele estado e,
inesperadamente, se espalhou Brasil afora. Lembro-me de que, quando adolescente,
em Buriti, um divertido palhaço de circo que passava pela cidade, em
determinada cena de sua apresentação, indagou, em forma de galhofa: “Será o
Benedito?”. Todos rimos, sem sabermos o significado da piada engraçada. Tempos
depois, soube que a pilhéria teve origem no episódio da política mineira, há
quase 80 anos. E, ainda hoje, a indagação é formulada, inclusive para mim,
quando sou apresentado a quem não me conhece.
Nasci no povoado Barro Branco,
onde, além do meu avô materno, apelidado de “Benedito Laranjeira” - apenas
porque havia nascido noutro lugarejo chamado “Laranjeira - havia vários
moradores como nome Benedito”. Em Buriti, contava-se nos dedos quem tinha o
honroso nome, de padre a vaqueiro, meus pais resolveram homenagear o
“Benedito”, avô do recém-nascido, como já o havia feito com relação ao meu
irmão Raimundo, nosso avô paterno.
Agora, em recente passagem
pelo Barro Branco, meu querido torrão natal, para participar da inauguração de
uma pista de atletismo, recebi a agradável visita do conterrâneo Aliandro
Borges, criador e responsável pelo blog
“Correio Buritiense”, que vem prestando relevantes serviços de informação, fui
surpreendido com o lisonjeiro convite para ocupar um espaço no já prestigiado
noticioso, na página literária. Deu-me liberdade para escolher qualquer gênero
literário: poesia, crônica, artigos e textos variados. Aceitei o desafio.
Não me anima a ideia de
produzir ensaios literários que provoquem polêmicas de cunho
político-partidário, até porque não me situo no contexto eleitoral de Buriti.
Não me furtarei, todavia, de abordagens da minha área de conhecimento: Direito
Agrário, Direito Ambiental ou outro ramo da Ciência Jurídica, com o fito
precípuo de formar consciências e orientar mentes, às vezes desinformadas sobre
fatos que ocorrem em nosso País, sobretudo em nosso querido Buriti, que possam
interessar aos incontáveis leitores. Se
assim não fizer, estarei sendo omisso, enquanto educador, e, como advogado de
mais de 50 anos, estarei negando o juramento de defender o Direito e exaltar a
Justiça.
Adotarei o título: “SIM, É O BENEDITO”, como resposta
positiva à indagação mineira dos anos 30 do século passado.
Feita a apresentação da nova
coluna, apraz-me brindar a todas as mulheres do Brasil e do mundo, e, de forma
especial, as mulheres buritienses, com a seguinte poesia, aproveitando o ensejo
da passagem, dia 8 deste mês, do Dia Internacional da Mulher.
MULHER: ROCHA E JASMIM.
Ela
- que não é só ela
-
na diária senda viva,
no lar, por sua parcela,
destemida e
altiva.
Não
importa o tempo,
Nem
p`ronde sopra o vento,
a
força hercúlea se agiganta,
de
firmes rochas, pedras arranca.
Gemendo
dores,
nas
mãos, as flores,
olhos
em lagos,
no
fim, afagos...
Ela
é assim:
fortaleza
sem fim,
rocha
e jasmim.
BENEDITO FERREIRA MARQUES nasceu no dia 11 de novembro de 1939, no
povoado Barro Branco, no município de Buriti/MA. Começou seus
estudos em escola pública e, com dedicação, foi galgando os degraus que o
levariam à universidade. Possui graduação em Direito pela Universidade Federal
do Maranhão (1964), especialista em Direito Civil, Direito Agrário e
Direito Comercial; mestre em Direito Agrário
pela Universidade Federal de Goiás (1988); e doutor em Direito pela Universidade
Federal de Pernambuco (2004).
Tem experiência na área de Direito, com ênfase em Direito
Comercial, atuando principalmente nos seguintes temas: direito agrário, reforma
agrária, função social, contratos agrários e princípios constitucionais.
NA
Universidade Federal de Goiás, foi Vice-reitor, Coordenador do Curso de Mestrado
em Direito Agrário e Diretor da Faculdade de Direito. Na Carreira de
magistério, foi professor de Português no Ensino Médio; no Ensino Superior foi professor
de Direito Civil, Direito Agrário e Direito Comercial, sendo que, de 1976 a
1984, foi professor de Direito Civil na PUC de Goiás.
Acompanhou pesquisas, participou de inúmeras bancas
examinadoras de mestrado, autor de muitos artigos, textos em jornais, trabalhos
publicados em anais de congressos, além de já ter publicado 12 livros, entre
eles “A Guerra da Balaiada, à luz do direito”, “Marcas do Passado”,
“Direito Agrário para Concursos”; e “Cambica de Buriti”; entre outros.
Será o BENEDITO?! RSRSRS
ResponderExcluirMuito legal! Ótima iniciativa do Aliandro, precisamos cada vez mais das interações com nossos conterrâneos que têm potencial para colaborar com o aperfeiçoamento intelectual de nossos munícipes.
Grande abraço!!
Esse Buriti é do Benedito!!!
ResponderExcluirEsse Buriti é do Benedito!!!
ResponderExcluirBelíssima estréia do nosso nobre conterrâneo Benedito Marques no Correio Buritiense,
ResponderExcluirBelíssima estréia do nosso nobre conterrâneo Benedito Marques no Correio Buritiense,
ResponderExcluirBelíssima estréia do nosso nobre conterrâneo Benedito Marques no Correio Buritiense,
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