O ajudante de pedreiro, Rogério Pinheiro Dias,
conhecido como “Lambaú”, foi condenado a 19 anos 03 meses de reclusão, acusado
de participar da tortura e decapitação de João de Deus Cruz Campos, o
“Joãozinho”, no dia 07 de março de 2016, próximo ao campo de futebol Campo
Grande, no bairro Fumacê, área Itaqui-Bacanga, em São Luís. O réu, que já
estava preso, foi encaminhado de volta à Penitenciária de Pedrinhas para
cumprir a pena.
O julgamento ocorreu nesta sexta-feira (14), no 2º
Tribunal do Júri, no Fórum Des. Sarney Costa (Calhau), e foi presidido pela
juíza Vanessa Clementino. Atuaram na acusação o promotor de Justiça Rodolfo
Reis e na defesa o advogado Gilson Amorim Mendes. Dois policiais civis foram
ouvidos como testemunhas. O réu foi interrogado durante o júri popular.
Foram denunciados pelo crime também Danielson
Rodrigues Pereira, o “Zonzon”; Glaydison Serra Teixeira, o “Badu”; José Marcos
Pinto Torres, o “Marquinhos”; e Jonas Silva Santos, o “Jotabê”. O processo foi
desmembrado, em relação aos demais acusados, sendo Rogério Pinheiro Dias
julgado nesta sexta-feira (14).
Conforme a denúncia do Ministério Público, no dia
do crime, por volta das 22h, João de Deus Cruz Campos estava sentado na calçada
da casa de um ex-policial, no bairro Fumacê, quando Rogério Pinheiro Dias,
acompanhado dos outros denunciados e de um adolescente, imobilizaram e
arrastaram a vítima para um terreno. Após ser torturado e espancado com chutes
e golpes de facão e de pá, o rapaz foi jogado de cima de uma laje e arrastado
até um matagal, onde, ainda vivo, teve o pescoço cortado e foi degolado. Em
seguida, os acusados levaram o corpo da vítima para o outro lado da BR 116, na
área Iqaqui-Bacanga, e a cabeça foi jogada no terreno de uma mineradora.
Rogério Pinheiro Dias foi condenado por homicídio
triplamente qualificado, pelos motivos torpe, cruel e uso de recurso que
impossibilitou a defesa da vítima. A motivação do assassinato de João de Deus
Cruz Campos seria porque ele não dividiu com os acusados o dinheiro oriundo da
venda de fios de cobre furtados de uma mineradora. Segundo o promotor de
justiça, a vítima e os réus costumavam se reunir para usar drogas juntos. O réu
responde a outro processo na 3ª Vara do tribunal do Júri de São Luís.
(Núcleo de Comunicação – Fórum Des. Sarney Costa)
0 COMENTÁRIOS:
Postar um comentário
O comentário não representa a opinião do blog; a responsabilidade é do autor da mensagem. Ofensas pessoais, mensagens preconceituosas, ou que incitem o ódio e a violência, ou ainda acusações levianas não serão aceitas. O objetivo do painel de comentários é promover o debate mais livre possível, respeitando o mínimo de bom senso e civilidade. O Redator-Chefe deste CORREIO poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema proposto.