Documentos do Departamento de Relações Exteriores dos Estados Unidos
apontam o envolvimento direto dos presidentes Emílio Garrastazu MÉDICI, Ernesto GEISEL e João Baptista FIGUEIREDO
no assassinato de mais de uma centena de brasileiros durante a ditadura militar
no Brasil.
"O
grupo informa a Geisel da execução sumária de 104 pessoas no CIE durante o
governo Médici, e pede autorização para continuar a política de assassinatos no
novo governo. Geisel explicita sua relutância e pede tempo para pensar. No dia
seguinte, Geisel dá luz verde a Figueiredo para seguir com a política, mas
impõe duas condições. Primeiro, 'apenas
subversivos perigosos' deveriam ser executados. Segundo, o CIE não mataria
a esmo: o Palácio do Planalto, na figura de Figueiredo, teria de aprovar cada
decisão, caso a caso", relata
Matias Spektor.
Leia trecho do documento divulgado pelo governo dos
EUA:
"De
tudo o que já vi, é a evidência mais direta do envolvimento da cúpula do regime
(Médici, Geisel e Figueiredo) com a política de assassinatos. Colegas que sabem
mais do que eu sobre o tema, é isso? E a pergunta que fica: quem era o
informante da CIA?", questionou
Matias Spektor.
Leia reportagem da Agência Brasil sobre o assunto:
Geisel
autorizou execuções de opositores durante ditadura, diz CIA
Documento tornado público pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos
mostra que o ex-presidente Ernesto Geisel (1974-1979) autorizou que o Centro de
Inteligência do Exército (CIE) continuasse a política de execuções sumárias
contra opositores da ditadura militar no Brasil adotadas durante o governo de
Emílio Garrastazu Médici, mas que limitasse as execuções aos mais “perigosos
subversivos”.
O memorando de 11 de abril de 1974, assinado pelo então
diretor da CIA (serviço de inteligência dos EUA) Willian Colby e
endereçado ao então secretário de Estado Henry Kissinger, afirma que o
presidente Geisel disse ao chefe do Serviço Nacional de Informações (SNI) à
época, João Baptista Figueiredo, que se tornou presidente entre 1979 e
1985, que as execuções deveriam continuar.
Segundo o documento, Geisel e Figueiredo concordaram que quando o CIE
detivesse alguém que poderia cair na categoria de subversivo perigoso, o chefe
do Centro de Inteligência do Exército deveria consultar o general Figueiredo
que, por sua vez, deveria dar sua aprovação antes da execução.
O documento ganhou publicidade por meio do professor Matias Spektor,
coordenador do Centro de Relações Internacionais da Fundação Getulio Vargas
(FGV). Nas redes sociais, onde divulgou o documento, o professor disse que
"este é o documento mais perturbador que já li em 20 anos de pesquisa:
Recém-empossado, Geisel autoriza a continuação da política de assassinatos do
regime, mas exige ao Centro de Informações do Exército a autorização prévia do
próprio Palácio do Planalto".
O memorando relata um encontro que teria ocorrido em 30 de março de
1974 entre Geisel, Figueiredo e os generais do CIE Milton Tavares de Souza
(então comandante do centro) e Confúcio Danton de Paula Avelino (que assumiria
o comando do CIE posteriormente).
Ainda segundo o documento, o general Milton Tavares de Souza
afirmou, na reunião, que cerca de 104 pessoas que entraram na categoria de
subversivos foram sumariamente executadas pelo CIE no ano anterior.
Em nota, o Exército Brasileiro informou que os documentos que poderiam
comprovar as afirmações foram destruídos, de acordo com norma da época que
visava preservar informações sigilosas. "O Centro de Comunicação Social do
Exército informa que os documentos sigilosos, relativos ao período em questão e
que eventualmente pudessem comprovar a veracidade dos fatos narrados foram
destruídos, de acordo com as normas existentes à época - Regulamento da
Salvaguarda de Assuntos Sigilosos (RSAS) - em suas diferentes edições".
Leia
na íntegra o relato de Mathias Spektor:
Este é o documento secreto mais perturbador que já li em vinte anos de
pesquisa.
É um relato da CIA sobre reunião de março de 1974 entre o General
Ernesto Geisel, presidente da República recém-empossado, e três assessores: o
general que estava deixando o comando do Centro de Informações do Exército
(CIE), o general que viria a sucedê-lo no comando e o General João Figueiredo,
indicado por Geisel para o Serviço Nacional de Inteligência (SNI).
O grupo informa a Geisel da execução sumária de 104 pessoas no CIE
durante o governo Médici, e pede autorização para continuar a política de
assassinatos no novo governo. Geisel explicita sua relutância e pede tempo para
pensar. No dia seguinte, Geisel dá luz verde a Figueiredo para seguir com a
política, mas impõe duas condições. Primeiro, “apenas subversivos perigosos”
deveriam ser executados. Segundo, o CIE não mataria a esmo: o Palácio do
Planalto, na figura de Figueiredo, teria de aprovar cada decisão, caso a caso.
De tudo o que já vi, é a evidência mais direta do envolvimento da cúpula
do regime (Médici, Geisel e Figueiredo) com a política de assassinatos. Colegas
que sabem mais do que eu sobre o tema, é isso? E a pergunta que fica: quem era
o informante da CIA?
O relato da CIA foi endereçado a Henry Kissinger, então secretário de
Estado. Kissinger montou uma política intensa de aproximação diplomática com
Geisel.
A transcrição online do documento está no link abaixo, mas o original
está depositado em Central Intelligence Agency, Office of the Director of
Central Intelligence, Job 80M01048A: Subject Files, Box 1, Folder 29: B–10:
Brazil. Secret; [handling restriction not declassified].
só bla bla... BOLSONARO PRESIDENTE E PRONTO!
ResponderExcluirchora PTralha.
Vai estudar história!!!Ditadura NUNCA MAIS!!!
ExcluirE a inauguração do INSS? Só fachada e enganação meu povo, só papo furado, ali não vai funcionar tão cedo.
ResponderExcluirINAUGURAÇÃO DE ENGANAÇÃO.NÃO ESTÁ FUNCIONADO NADA.GOSTEI DA POZE DA VEREADORA ANDREA PASSOS E DO PROMOTOR SEGURANÇA DOS DEPUTADOS E DO NALDO BATISTA.
ExcluirDitadura Militar é meu ovo! Naquele tempo não houve ditadura, houve repressão contra a bandidagem!
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