Supremo vai julgar prisão de Aécio Neves dia 20.
Andrea Neves, irmã do senador Aécio Neves (PSDB). Foto/reprodução.
A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu neta
terça-feira (13) a prisão da jornalista Andrea Neves, irmã do senador afastado
Aécio Neves (MG).
O relator da matéria,
ministro Marco Aurélio Mello, votou pela libertação de Andrea. Ele disse que
prisão preventiva só deve ser aplicada quando outras medidas cautelares não
possam ser determinadas. Seu voto foi acompanhado pelo ministro Alexandre de
Moraes. Ele argumentou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) não imputou
a Andrea questão de obstrução de Justiça e ainda de participação em organização
criminosa.
A divergência foi
aberta pelo ministro Luís Roberto Barroso. O magistrado afirmou que o quadro
não mudou desde o pedido da prisão preventiva de Andrea Neves. Barroso diz que
áudios mostram a habitualidade que Andrea Neves operava. "Em plena Lava Jato o modus operandi continuava como se não
tivessem o risco de serem alcançados pela Justiça", disse o
magistrado, ao votar pela permanência de Andrea Neves na prisão. A ministra
Rosa Weber acompanhou a divergência, votando pela manutenção da prisão.
No voto de
desempate, o ministro Luiz Fux destacou que o caso provocou perplexidade.
Andrea foi presa
na Operação Patmos, da Polícia Federal, acusada de pedir R$ 2 milhões em
propinas à JBS. Em troca, ela favoreceria interesses do grupo de Joesley
Batista na Vale, mineradora que é privada, mas sofre forte influência do
governo federal.
Um primo de Aécio,
Frederico, também foi preso e filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil em
propinas, que foram entregues a empresas do senador Zezé Perrella (SD-MG), para
suposta lavagem de dinheiro.
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