O escritor, crítico literário e sociólogo Antonio
Candido morreu na madrugada de hoje (12), em São Paulo, aos 98 anos, e seu
corpo está sendo velado no Hospital Albert Einstein, em cerimônia que prossegue
até as 17h. O hospital não informou a causa da morte.
Nascido no Rio de Janeiro, em 24 de julho de 1918,
o intelectual era professor emérito da Faculdade de Filosofia e Letras e
Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP) e ganhou vários prêmios
importantes da literatura como o Jabuti, em duas edições, de 1965 e de 1993; o
Juca Pato, em 2007; e o Machado de Assis, em 1993, além do Prêmio Internacional
Alfonso Reyes.
“Perde o Brasil uma de suas maiores autoridades em estudos de literatura
e cultura brasileira, um raro pensador de Brasil”, disse o presidente da Academia Brasileira de Letras, Domício Proença
Filho.
O ex-presidente da ABL, Marcos Vilaça, que havia
sugerido o nome de Antonio Candido para substituir Eduardo Portella, morto na
semana passada, afirmou que o ano está sendo "trágico" para o
pensamento brasileiro. "A morte de
Antonio Candido deixa um vazio quase insuperável.”
Entre as obras do escritor, estão Formação da
Literatura Brasileira: Momentos Decisivos e O observador literário,
publicados em 1959; Tese e Antítese: Ensaios e Os Parceiros do
Rio Bonito: Estudo sobre o Caipira Paulista e a Transformação dos seus
Meios de Vida (1964); Literatura e Sociedade: Estudos de Teoria e
História Literária (1965); O Estudo Analítico do Poema (1987); O
Discurso e a Cidade (1993); Vários Escritos (1970) e Formação
da literatura brasileira (1975).
Antonio Candido deixa as filhas Laura de Mello e
Souza e Marina de Mello e Souza.
(Da
Agência Brasil)
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