Donos da JBS, os empresários Joesley Batista e
seu irmão Wesley fizeram nesta quarta-feira (17) uma denúncia explosiva ao
ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal,
segundo o jornal O Globo.
Os empresários disseram ter gravações de Michel
Temer dando aval para a compra do silêncio de Eduardo Cunha, ex-presidente da
Câmara e deputado cassado, hoje condenado e preso.
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) também foi gravado,
pedindo R$ 2 milhões a Joesley. O dinheiro foi entregue a um primo do
presidente do PSDB, em cena filmada pela Polícia Federal. A PF rastreou o
dinheiro e descobriu que ele foi depositado numa empresa do senador Zezé
Perrella (PSDB-MG).
Segundo reportagem do Globo, "os diálogos e as entregas de malas (ou mochilas) com dinheiro
foram filmadas pela PF. As cédulas tinham seus números de série informados aos
procuradores. Como se fosse pouco, as malas ou mochilas estavam com chips para
que se pudesse rastrear o caminho dos reais. Nessas ações controladas foram
distribuídos cerca de R$ 3 milhões em propinas carimbadas durante todo o mês de
abril".
Em duas oportunidades em março, Joesley conversou
com o presidente e com o senador tucano levando um gravador escondido. A
delação dos irmãos Joesley tem ainda um histórico de propinas pagas a políticos
nos últimos dez anos.
0 COMENTÁRIOS:
Postar um comentário
O comentário não representa a opinião do blog; a responsabilidade é do autor da mensagem. Ofensas pessoais, mensagens preconceituosas, ou que incitem o ódio e a violência, ou ainda acusações levianas não serão aceitas. O objetivo do painel de comentários é promover o debate mais livre possível, respeitando o mínimo de bom senso e civilidade. O Redator-Chefe deste CORREIO poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema proposto.