O
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu nesta segunda-feira (6/2)
ao Supremo Tribunal Federal (STF) abertura de inquérito para investigar os
senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Romero Jucá (PMDB-RR), além do ex-senador
José Sarney e o ex-diretor da Transpetro Sérgio Machado. Janot acusa os
envolvidos do crime de embaraço às investigadores da Operação Lava Jato.
Ex-presidente José Sarney, investigado na Lava Jato.
As
acusações foram baseadas no acordo de delação premiada de Sérgio Machado e em
conversas gravadas com os envolvidos. As gravações foram divulgadas no ano
passado, após a retirada do sigilo do conteúdo das delações de Machado.
Em uma
das conversas, Romero Jucá citou um suposto "acordo
nacional" para "estancar a
sangria".
Segundo
o procurador, os acusados "demonstram
a motivação de estancar e impedir, o quanto antes, os avanços da Operação Lava
Jato em relação a políticos, especialmente do PMDB, do PSDB e do próprio PT,
por meio de acordo com o STF e da aprovação de mudanças legislativas."
Para
Janot, o objetivo dos congressistas era aprovar medidas legislativas para
conter as investigações da Lava Jato.
“O objetivo dos congressistas era construir uma
ampla base de apoio político para conseguir, pelo menos, aprovar três medidas
de alteração do ordenamento jurídico em favor da organização criminosa: a
proibição de acordos de colaboração premiada com investigados ou réus presos; a
proibição de execução provisória da sentença penal condenatória mesmo após
rejeição dos recursos defensivos ordinários",
acrescentou o procurador-geral.
Em
nota, o senador Renan Calheiros esclareceu que não fez nenhum ato para
embaraçar ou dificultar qualquer investigação e que sempre foi colaborativo, "tanto que o Supremo Tribunal Federal
já manifestou contrariamente a pedido idêntico".
Na
nota, o senador do PMDB reafirmou que a possibilidade de se encontrar qualquer
impropriedade em suas contas pessoais ou eleitorais é zero. Renan está
convencido de que, a exemplo do primeiro inquérito, "os demais serão
arquivados por absoluta falta de prova".
Também
por meio de nota, a defesa do senador Romero Jucá afirmou que não há
preocupação em relação à abertura do inquérito, pois não vê qualquer tipo de
intervenção do mesmo na Operação Lava jato.
Os
advogados do senador ressaltaram que a única ilegalidade "é a gravação
realizada pelo senhor Sergio Machado, que induziu seus interlocutores nas
conversas mantidas, além de seu vazamento seletivo. O senador Romero jucá é o
mais interessado em que se investigue o caso e vem cobrando isso da PGR reiteradamente
desde abril do ano passado."
A Agência
Brasil entrou em contato com os demais citados, mas não obteve
retorno até a publicação e atualização da matéria.
* A
matéria foi atualizada às 20h21 para inclusão do posicionamento do senador
Renan Calheiros e às 20h45 para inclusão de nota da defesa do senador Romero
Jucá
(da
Agência Brasil)
Porque as panelas não batem mais??????
ResponderExcluirPorque estão todas furadas anônimo!!!!.
ResponderExcluirKkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
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