Gilberto Dranka é suspeito de envolvimento na morte de prefeito eleito
Ex-prefeito da cidade de Pién, na Região
Metropolitana de Curitiba/PR, Gilberto Dranka foi preso na manhã desta terça-feira
(31/1) na mansão onde mora de forma inusitada. Um vídeo produzido pela Polícia
Civil da região, no momento da operação, mostra que os agentes do Centro de
Operações Policiais Especiais (Cope) o encontraram escondido no forro do teto
da residência. Ele é suspeito de envolvimento na morte do representante eleito
da cidade, Loir Dreveck (PMDB), de 52 anos, assassinado em dezembro do ano
passado antes de tomar posse no cargo. A prisão é temporária.
Além dele, foram presos Amilton Padilha, já
envolvido em outro assassinato semelhante, e Orvandir Arias Pedrini. O primeiro
é suspeito de ter atirado na cabeça do prefeito eleito, tendo fugido, em
seguida, para Balneário Camboriú, em Santa Catarina. Já Pedrini teria sido o
intermediário do crime. Foram oferecidos R$ 10 mil reais pela ação.
As investigações indicam que houve motivação
política e que o atual presidente da Câmara Municipal de Pién, o vereador
Leonides Maahs, teria encomendado o feito.
“Os primeiros
depoimentos indicam que o grupo ligado a Dranka e que dominava a política na
região investiu no prefeito eleito, colocou dinheiro em sua campanha, recebeu
benesses como cargos em comissão e secretarias da prefeitura, e que, um dia
depois de ser eleito, Dreveck disse que nada disso aconteceria e que a
prefeitura passaria por uma moralização”, disse o delegado Rodrigo Braun, do COPE, em uma coletiva de imprensa.
Quebras de sigilo telefônico mostraram ligações do
intermediário com o ex-prefeito momentos antes do crime. Pedrini teria
oferecido a Dreveck um carro da prefeitura para deslocamento à região com a
família. A vítima foi baleada por um motociclista, quando viajava pela PR-420.
De acordo com a Polícia Civil, a moto utilizada para o crime foi encontrada em
um barranco, ao lado de um capacete preto, que foi encaminhado para a perícia
no Instituto de Identificação do Paraná. A placa do veículo e as impressões
digitais possibilitaram a identificação dos suspeitos.
(Do O Globo)