Foram
apreendidos documentos na SEMA relacionados a processos administrativos
de autorização de extração de madeira em fazendas de Buriti-MA, Sucupira do
Norte, Parnarama, Santa Quitéria e Caxias. Grupo realizava ilegalmente extração de madeira, produção e
distribuição de carvão no Maranhão.
Operação apreendeu mais de 30 toneladas de carvão
Em coletiva de imprensa na última quarta-feira (7)
realizada na sede da Procuradoria Geral de Justiça, em São Luís, o Ministério
Público do Maranhão e as Polícias Civil, Militar, Federal, Rodoviária Federal e
Ibama apresentaram o balanço da Operação Ouro Negro, que cumpriu mandados de
prisão e de busca e apreensão em residências e depósitos em São Luís e fazendas
no interior do estado.
As equipes apreenderam, somente em São Luís, 32.580
kg de carvão vegetal. Em Barra do Corda e Fernando Falcão, o Centro Tático Aéreo
da Polícia Militar destruiu fornos de produção de carvão.
Também foram apreendidos documentos na sede da
Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) relacionados a processos
administrativos de autorização de extração de madeira em fazendas de Sucupira
do Norte, Buriti, Parnarama, Santa Quitéria e Caxias.
O Grupo de Especial de Combate às Organizações
Criminosas (Gaeco) informou que a associação criminosa também é composta por
policiais militares, servidores públicos das secretarias de Estado da Fazenda
(Sefaz) e de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema), donos de carvoarias,
motoristas, transportadores, dentre outros membros.
Foram presos preventivamente Roberto Carlos dos
Santos Bastos, Jaison Douglas Costa, Narciso de Ribamar Moreira Filho, Rogério
Canals Martins, Ivanildo Caldas Porto, José Ribamar Cunha Torres (servidor da
Sefaz) e os policiais militares Merval Frazão dos Santos Filho e Washington
Sousa Belfort; e tiveram prisão temporária Leidinaldo dos Santos Silva, Alci
Lopes Viana, Renato Viana Santos, Carlos Magno Mota Everton e José de Arimateia
de Sousa.
Também foram apreendidos documentos na sede da
Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) relacionados a processos
administrativos de autorização de extração de madeira em fazendas de Sucupira
do Norte, Buriti, Parnarama, Santa Quitéria e Caxias.
FISCALIZAÇÕES
Fiscalizações anteriores, iniciadas em julho deste
ano, resultaram na apreensão de outros 15 caminhões carregados com mais de 300
mil quilos do produto.
Nesta etapa da Operação Ouro Negro, também foram
cumpridos mandados de busca e apreensão em São José de Ribamar, Paço do Lumiar,
Presidente Dutra, Colinas e Guimarães.
Na avaliação do procurador-geral de justiça, Luiz
Gonzaga Martins Coelho, o trabalho em conjunto das instituições que combatem o
crime organizado foi essencial para desarticular a rede que causava danos ao
meio ambiente. “O combate à corrupção é uma
bandeira do Ministério Público. A ação articulada com as polícias e o Ibama
resultou no sucesso desta operação”, avaliou.
Para o promotor de justiça e coordenador do Centro
de Apoio Operacional do Meio Ambiente, Urbanismo e Patrimônio Cultural (CAOUMA)
do MPMA, Luís Fernando Cabral Barreto Júnior, essa operação tem uma importância
estratégica ao combater o desmatamento e, por consequência, os impactos
sobre os recursos naturais. “O Maranhão tem índices de desmatamento
extremamente elevados. A supressão da vegetação ocasiona a perda da
biodiversidade e dos recursos hídricos, além de danos ambientais de natureza
bastante complexa”.
O coordenador do Gaeco, promotor de justiça Marco
Aurélio Rodrigues, explicou que a operação terá continuidade a fim de evitar
novos desmatamentos e a produção, transporte e comercialização de carvão de
origem ilegal.
AUTORIDADES
Participaram da entrevista coletiva os secretários
de estado da Fazenda e de Segurança Pública, Marcellus Ribeiro e Jeferson
Portela; o superintendente da Polícia Rodoviária Federal no Maranhão, Paulo
Moreno; o delegado federal Júlio Sombra, o coronel Luongo, representando o
comando geral da PM; a analista ambiental do Ibama, Ciclene Brito; o
delegado-geral Lawrence Melo e o delegado Roberto Fortes, coordenador-geral da
operação na Polícia Civil.
(Da CCOM-MPMA)