O
dinheiro foi negociado com mesmo grupo do Petrolão cujos delitos recaem sobre o
PT, enquanto agentes do PSDB e do PMDB seguem ilesos. Apesar de tantas
denúncias contra o ex-governador Sergio Cabral (PMDB/RJ), por exemplo, ele
nunca foi incomodado.
A Lava Jato
poderia dar uma prova de que suas investigações não são politicamente dirigidas
ao PT se investigar a fundo o destino dos R$10 milhões que, segundo mostra
claramente o vídeo divulgado pela 33ª fase da Operação, na terça-feira 2/8, foram
negociados pela construtora Queiroz Galvão com o então presidente do PSDB, o já
falecido senador Sergio Guerra. Ele não está mais aqui para se defender, como
dizem os tucanos, nem para explicar o destino do dinheiro, mas fica também
claro na conversa que “nossa gente” é
que atuaria para melar a CPI da Petrobrás de 2009. A Lava Jato precisa
identificar esta gente e descobrir se o dinheiro foi compartilhado com ela.
Esta pergunta
não foi objeto de interesse do procurador Carlos Fernando embora ele afirme,
sem base em qualquer prova, que houve doações ilegais, da mesma empreiteira,
para a campanha da reeleição de Lula em 2006.
No vídeo, depois
de dizer que tinha horror a CPI, e que parlamentares não deviam fazer papel de
polícia, Guerra afirma: “Nossa gente vai
fazer uma discussão genérica, não vamos polemizar as coisas". Ou seja,
farão corpo mole, até porque a investigação “não
seria nada construtiva”, diz ele. O bloco PSDB-DEM indicou como membros
daquela fracassada CPI os senadores Álvaro Dias (PSDB-PR, hoje no PV), o
próprio Sérgio Guerra (PSDB-PE) e Antônio Carlos Júnior (DEM-BA). E ainda como
suplentes Heráclito Fortes (DEM-PI, hoje deputado pelo PSB) e Tasso Jereissati
(PSDB-CE). Eles podem não ter sido cúmplices da negociação, mas certamente
receberam orientação sobre como atuar na CPI. A Lava Jato, entretanto, tem como
rastrear este dinheiro e saber onde ele foi parar. Se ficou com Guerra ou, como
é mais provável, serviu para abastecer o caixa do partido.
Aparecem na
conversa com Guerra o ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa, Ildefonso
Colares Filho, na época presidente da Queiroz Galvão, preso pela Polícia
Federal nesta terça-feira, o deputado Dudu Fonte (PP-PE), o lobista Fernando
Soares (Fernando Baiano) e outro executivo da Queiroz Galvão, Érton Medeiros.
Ou seja, o mesmo grupo do Petrolão cujos delitos recaem sobre o PT, enquanto
agentes do PSDB e do PMDB seguem ilesos. Apesar de tantas denúncias contra o
ex-governador Sergio Cabral, por exemplo, ele nunca foi incomodado.
Não há,
porém, como era de se esperar, qualquer sinal de interesse maior da Lava Jato
por investigar a conexão tucana com o Petrolão.
VEJA O
VÍDEO DE SÉRGIO GUERRA NEGOCIANDO PROPINA PARA FREAR CPI COM EX-DIRETOR DA
PETROBRAS:
Cadê os indignados contra a corrupção? Acham que a corrupção se restringe apenas a um PARTIDO.
ResponderExcluirESSA É UMA PROVA ROBUSTA DO GRANDE GOLPE PARLAMENTAR, ENCABEÇADA PELOS GOLPISTA, EDUARDO CUNHA LADRÃO E MICHEL TEMER, APOIADO PELO PODER JUDICIÁRIO, PRINCIPALMENTE O JUIZ SERGIO MOURO.DIGO ISSO POR QUE ELE É FOCADO APENAS NO PT, PARA ATINGIR DILMA E LULA. GOSTEI DE TER VISTO AGORA A POUCO VAIAS AO GOLPISTA MICHEL TEMER, NA ABERTURA DOS JOGOS OLÍMPICOS NO RIO. BOA...........
ResponderExcluirEneas tinha razão, PT, PSDB, PMDB, tudo cama do mesmo galinheiro. Bolsonaro, 2018!
ResponderExcluir