A presidente
afastada, Dilma Rousseff,
leu na tarde dessa terça-feira (16) uma carta aos brasileiros em que defende um
plebiscito sobre novas eleições. Ela também reforçou que o processo de impeachment é
uma ruptura à democracia.
O manifesto
de quatro páginas intitulado MENSAGEM AO SENADO E AO POVO BRASILEIRO foi apresentado pela petista em uma entrevista
coletiva realizada na residência oficial da Presidência da República.
VEJA O VÍDEO COM A MENSAGEM AO SENADO E AO POVO BRASILEIRO
"Todos
sabemos que há um impasse gerado pelo esgotamento do sistema político, seja
pelo número excessivo de partidos, pelas práticas políticas questionáveis a
exigir profunda transformação nas regras vigentes. Estou convencida da
necessidade e darei apoio irrestrito à convocação de plebiscito para consultar
a população sobre a realização antecipada de eleições, bem como sobre a reforma
política e eleitoral."
A petista
admitiu erros durante a sua gestão e prometeu uma "nova e promissora realidade política" se voltar ao
Planalto. "Na jornada para me
defender do impeachment, me aproximei mais do povo, tive oportunidade de ouvir
seu reconhecimento, receber seu carinho. Ouvi críticas duras ao meu
governo", disse.
Na carta
direcionada também aos senadores, a presidente afastada se diz inocente e com
uma história sem "desonestidade, covardia e traição".
Sem fazer uma referência direta ao presidente em exercício, Michel Temer, ou ao ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Dilma afirma não ter contas
ocultas no exterior nem ter recebido propina.
"Se consumado o impeachment sem crime de
responsabilidade, teríamos um golpe de estado", afirmou Dilma. "Não
devemos permitir que uma eventual ruptura da ordem democrática (…) fragilize a
nossa democracia com um sacrifício dos direitos assegurados na Constituição de
1988. Unamos nossas forças e propósitos na defesa da democracia, do lado certo
da História", completou.
A proposta de
novas eleições tem sido debatida dentro do PT desde a iminência do afastamento
de Dilma, mas encontra resistências, especialmente porque não tem apoio dos
movimentos sociais ligados ao partido.
Pesquisa
Datafolha divulgada em julho revela que 62% dos brasileiros defendem novas eleições.
O julgamento
final do impeachment está previsto para começar em 25 de agosto. Aliados de
Temer trabalham para que dure três dias, mas a previsão de técnicos do Senado é
que a votação leve até cinco dias.
O presidente
do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, se reúne nesta
quarta-feira (17) com Renan e líderes do Senado para definir detalhes. Ele
defende que o julgamento não ocorra no fim de semana, mas o presidente do
Senado quer que a votação não seja interrompida.
A petista
conta hoje com apoio de cerca de 20 dos 81 senadores. Para ser absolvida, são
necessários, pelo menos, 28 votos. Caso ela seja considera culpada, Temer segue
no Planalto até o fim do mandato, em 2018.
Dilma é
acusada de crime de responsabilidade pela edição de decretos sem autorização do
Congresso e pelas pedaladas fiscais, atrasos de
repasses do Tesouro Nacional para o Banco do Brasil no Plano Safra.
GERALDINHO.18.18.18.18.18,18.18,18,18,18,18,18,18,18.GERALDINHO 18,18,18,18,18,18,18,18,18,18
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