A população desocupada aumentou 22,3%, o equivalente a 2 milhões de
trabalhadores; O cenário mundial
também não é promissor.
O desemprego atingiu 10,9% no primeiro
trimestre deste ano, 1,9% superior ao resultado dos três últimos meses de 2015,
segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística na
sexta-feira 29.
No
acompanhamento do site de estatísticas estadunidense Trading Economics,
o Brasil ocupa a terceira posição entre os países com maior número de demissões, antecedido por Espanha (21%) e Itália (11,4%). Na zona do Euro, o porcentual é de 10,5%.
No período
considerado pelo IBGE, a população desocupada aumentou 22,3%, o
equivalente a 2 milhões de trabalhadores e totalizou 11,1 milhões, superior aos
10 milhões projetados por vários economistas. O rendimento médio, de 1.966 reais, descontada a inflação, permaneceu
estável.
A recuperação
deverá demorar, a julgar por alguns indicadores. O boletim Focus, do Banco
Central, elaborado com base nos cenários traçados pelas instituições
financeiras, reviu a estimativa de variação negativa do PIB em 2016, de -3,66%
para -3,88%.
A previsão de
crescimento em 2017 foi reduzida de 0,35% para 0,30%. O cenário mundial não
ajuda. As projeções do World Economic Outlook de abril, do
Fundo Monetário Internacional, mostram uma piora da situação nos próximos dois
anos.
A estimativa
de crescimento mundial caiu de 3,4% para 3,2% em 2016, e de 3,6% para 3,5% em
2017. A recente valorização do dólar no mercado de câmbio brasileiro
prejudicará ainda mais o desempenho das exportações, afetadas por um mercado
global em retração contínua.