Milhões de documentos divulgados mostram que
empresa Mossack Fonseca criou ou vendeu offshores para nomes ligados a PSDB,
PMDB, PP, PDT, PTB, PSB e PSD. Entre os envolvidos, Eduardo Cunha, Maurício Macri, Edison Lobão, Nawaz
Sharif e Newton Cardoso Jr. Cerca de 15.600 offshores
foram criadas pelo escritório de advocacia panamenho a pedido de cerca de 500
instituições bancárias.
* De Deutsche
Welle, BBC, Carta Capital, Viomundo.
Os
“Panama
Papers” são um grande volume de documentos confidenciais vazados que revelam
a forma que algumas das pessoas mais ricas e poderosas do mundo usam paraísos
fiscais para ocultar fortunas.
Os
11,5 milhões de documentos vazados pertencem ao escritório de advocacia e
consultoria panamenha Mossak Fonseca, a quarta
maior empresa de advocacia offshore do mundo, teria revelado
detalhes de centenas de milhares de clientes que utilizam paraísos fiscais no
exterior supostamente para evasão fiscal, lavagem de dinheiro, tráfico de
drogas e armas.
O
escritório afirma que opera legalmente há décadas e que nunca foi acusado de
nenhum crime.
Os
documentos mostram ligações com 72 chefes de Estado atualmente no poder ou que
já ocuparam o cargo, incluindo ditadores acusados de saquear seus próprios
países.
Os documentos,
tornados públicos no último domingo (3), foram obtidos pelo jornal alemão Süddeutsche Zeitung através
de fontes anônimas, e cobrem um período de quase 40 anos – de 1977 a dezembro
de 2015.
O jornal e mais
duas emissoras alemãs compartilharam informações com o Consórcio Internacional
de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês) e o escritório
internacional do Centro para a Integridade Pública, além de centenas de outros
órgãos de imprensa.
"Acredito que o vazamento deverá se provar
como o maior golpe já sofrido pelo mundo dos negócios offshore, em razão da extensão dos
documentos", afirmou o diretor do ICIJ, Gerald Ryle.
Mais de 370
jornalistas em 76 países passaram um ano analisando o material. No Brasil, os
estudos foram realizados pelo jornal O Estado de S. Paulo, pelo
portal UOL e pela Rede TV!.
No Brasil, lista tem 57 nomes
ligados à Lava Jato
No Brasil, a
Mossack Fonseca já havia se tornado alvo da 22ª fase das investigações da Operação Lava Jato,
que chegou a deter alguns de seus funcionários. Havia a suspeita de que a
empresa teria ajudado a esconder a identidade dos verdadeiros donos de um
apartamento triplex no Guarujá.
Segundo o jornal O Estado de
S. Paulo, a investigação sobre os Panama Papers indica,
porém, que a relação da Mossack Fonseca com a Lava Jato vai muito além do
imóvel no litoral paulista. Os documentos mostram que a empresa criou ou vendeu
empresas offshore para políticos e familiares de sete partidos: PSDB, PMDB, PP,
PDT, PTB, PSB, PSD.
Alguns dos
políticos brasileiros, envolvidos direta ou indiretamente nas denúncias, são: o presidente da
Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o ex-deputado federal João Lyra (PSD-AL), o
senador Edison Lobão (PMDB-MA), o deputado federal Newton Cardoso Jr.
(PMDB-MG), o ex-ministro da Fazenda Delfim Netto, e o ex-senador e presidente
do PSDB Sérgio Guerra, morto em 2014.
Além disso,
os documentos apontam que a firma panamenha teria criado ao menos 107
contas offshore para, no mínimo, 57 indivíduos ou empresas
relacionadas aos esquemas de corrupção investigado pela Lava Jato.
Muitas dessas
pessoas ainda são desconhecidas dos investigadores. Até agora, eles apenas
tiveram acesso a documentos do escritório brasileiro da firma, que foi acusado
pela Polícia Federal de sonegação fiscal e ocultação de patrimônio. A empresa,
porém, negou ter cometido qualquer ato ilegal no Brasil.
Documentos têm 12 ex e atuais chefes de Estado
Os documentos
mencionam doze ex e atuais chefes de Estado – da Argentina, Geórgia, Islândia,
Iraque, Jordânia, Catar, Arábia Saudita, Sudão, Emirados Árabes Unidos e
Ucrânia – entre 143 nomes de políticos, seus familiares e pessoas próximas
sobre as quais se sabe que utilizaram paraísos fiscais.
Entre os
líderes nacionais que teriam dinheiro em empresas offshore estariam
o presidente da Argentina, Maurício Macri, o primeiro-ministro do Paquistão,
Nawaz Sharif, o ex-primeiro-ministro e ex-vice-presidente do Iraque, Ayad
Alawi, o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, o filho do ex-presidente do Egito,
Alaa Mubarak, e o primeiro-ministro da Islândia, Sigmundur David Gunnlaugsson.
O amigo de
infância do presidente russo Vladimir Putin, o violoncelista Sergei Roldugin, é
citado como o pivô de um esquema para esconder dinheiro de bancos estatais
russos em empresas offshore.
As famílias
de oito ex e atuais membros da alta cúpula do Partido Comunista da China, o
Politburo, também constam na lista de pessoas que depositaram suas riquezas em
empresas offshore.
Os documentos
indicam que um membro do comitê de ética da Fifa representava legalmente
indivíduos e empresas acusadas de práticas de corrupção e suborno. Também é
mencionado o jogador argentino Lionel Messi.
Mais de 500 bancos registraram
aproximadamente 15,5 mil empresas de fachada junto à Mossack Fonseca, segundo
as análises da ICIJ. A utilização de empresas offshore não é
ilegal, mas a ocultação de dinheiro, sim.
Denúncia contra o vazamento
A Mossack
Fonseca denuncia que a revelação dos documentos é criminosa. "Esse é um crime, um delito
grave", disse Ramon Fonseca, um dos fundadores da firma. "É um ataque ao Panamá, porque certos
países não gostam que sejamos tão competitivos ao atrair empresas",
afirmou.
O outro
fundador da firma é Jürgen Mossack, nascido na Alemanha em 1948. Durante a
Segunda Guerra Mundial, seu pai serviu na Waffen-SS, a tropa de elite nazista, citando
"arquivos antigos de
inteligência" das Forças Armadas americanas. Seu pai teria se
oferecido para atuar com espião da CIA. Ele se mudou para o Panamá com sua
família, onde Jürgen Mossack se formou em Direito.
A empresa
nega que tenha atuado ilegalmente, afirmando que sempre agiu acima de qualquer
suspeita e que realiza procedimentos rígidos de diligência interna. A firma
também opera na Suíça, Chipre e nas Ilhas Virgens Britânicas.
RAPAZ, ASSISTI O RELATOR LENDO SEU PARECER FAVORÁVEL AO IMPEACHMENT DA PRESIDENTA DILMA. CARA, AQUELE DEPUTADO SAFADO, TREMIA, GAGUEJAVA, ENGOLIA SECO, SUAVA, AMARELAVA E FICAVA VERMELHO, PARECIA QUE IA DAR UM TROÇO. FICOU VISÍVEL QUE ELE ESTAVA SENDO PRESSIONADO PARA DAR A QUELE PARECER FAVORÁVEL, OU ESTAVA SOLTANDO UMA GRANDE MENTIRA. GOSTEI QUE UM DEPUTADO ONTEM 09/04, TEVE A CORAGEM DE FALA NA CARA, TANTO DESSE RELATOR, QUANTO DO PRESIDENTE DO IMPEACHMENT, QUE ELES ERAM FIEL E PAU MANDADO DO LADRÃO EDUARDO CUNHA(A VERGONHA NACIONAL). ESTOU ACOMPANHANDO ESSA TENTATIVA DE GOLPE NA TV CÂMARA.
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