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Mesmo com decreto do feriado, vereadores favoráveis à criação da CPI foram à Câmara |
O
prefeito de Santa Quitéria/MA (88km de Buriti), Sebastião Araújo Moreira,
conhecido por Moreirão, decretou, para esta quinta-feira (3), um feriado
inusitado numa tentativa desesperada de impedir que a Câmara de Vereadores
instalasse uma CPI para investigar irregularidades no uso de verbas da saúde e
da educação, apontadas numa Ação
Cautelar ajuizada pelo Ministério Público Estadual em desfavor dele, da
primeira-dama da cidade, Dalila Pereira Gomes, do empresário Arquimário Reis
Guimarães e da empresa A. Reis Guimarães.
A
partir dessa Ação, na última segunda-feira (31), o juiz Jorge Antonio Sales
Leite, titular da Comarca de Buriti e respondendo pela Comarca de Santa
Quitéria, determinou a indisponibilidade dos bens dos quatro citados pelo MP até
o limite de R$ 2.069.154,00 (dois milhões, sessenta e nove mil, cento e
cinquenta e quatro reais), além da quebra do sigilo bancário do prefeito, da
primeira-dama e do empresário Arquimário.
Mesmo
diante da manobra governista, o vice-presidente da Câmara Municipal, Nonato da
Colônia, junto com os vereadores Raimundo da Praça, Teixeirinha, Irmã Janete, Auriete
e Fransquinha Moreira, foram para sede do legislativo, acompanhado de populares
que pediam investigação dos supostos desvios nos recursos do município, e
chegando lá os próprios parlamentares tiveram de abrir os portões. Vejam no vídeo abaixo:
Já
dentro da área da Câmara, os vereadores discursaram, denunciaram a manobra da
prefeitura e leram várias das acusações contra o prefeito e seu grupo político
que está no comando da cidade. Lideranças comunitárias e de movimentos
populares também elevaram o tom contra a administração do prefeito Moreirão.
Impossibilitados
de realizar a sessão ordinária, os vereadores convocaram a população para
participar de um “Protesto da Independência”,
no dia 7 de setembro, contra a redução de salários e perseguição aos
servidores, e também contra corrupção na educação, na saúde e na administração
pública de Santa Quitéria. Além disso, na próxima sessão da quinta-feira 10 de
setembro, a Câmara deve instalar a Comissão de Investigação que tanto assusta o
executivo municipal.
Sobre as
ilicitudes administrativas apontados na Ação Cautelar
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Prefeito Moreirão em maus lençóis! |
De acordo com a Promotoria, o prefeito e a primeira-dama vêm praticando
atos em desacordo com a lei, se locupletando com o dinheiro público e
administrando a prefeitura como se essa fosse um feudo deles.
O ex-secretário de saúde da
cidade, Odair José Oliveira Costa, que exerceu o cargo do início da atual
gestão até o último mês de julho, relatou que em 2014, quando teria havido
incremento das verbas destinadas à Saúde, o prefeito teria contratado a empresa
A. Reis Guimarães para o fornecimento do mesmo objeto contratado junto à
empresa Dismabel, primeira contratada. Ainda segundo o relato do ex-secretário,
com a segunda contratada, com endereço em Paço do Lumiar e que seria de
propriedade de um vereador do lugar, teria havido a contratação e
transferência de mais de 2 milhões de reais para a compra de material
hospitalar que nunca teria sido entregue. O
ex-secretário teria ressaltado no depoimento que dos R$ 500 mil na conta do
fundo da saúde teriam sobrado apenas R$ 50 mil. Também foi apontado na ação a
contratação de diversos parentes (irmãos e sobrinhos, entre outros) do prefeito
e da primeira-dama.
Destacando a compra de bens móveis e imóveis por parte do prefeito e da
esposa, bens incompatíveis com suas rendas, o
juiz cita apartamento que teria sido adquirido recentemente pela primeira-dama
de Santa Quitéria em empreendimento residencial localizado em São Luís, no
valor de R$ 641.300,00 (seiscentos e quarenta e um mil e trezentos reais), dos
quais R$ 128 mil (cento e vinte e oito mil) teriam sido pagos à vista e cujo
restante seria pago em 120 parcelas de R$ 4.416,38 (quatro mil, quatrocentos e
dezesseis reais e trinta e oito centavos), tendo ainda quatro prestações
intercaladas de R$ 68.534,24 (sessenta e oito mil, quinhentos e trinta e quatro
reais e vinte e quatro centavos). “O valor do imóvel é
incompatível com os proventos e bens declarados do casal”, diz o juiz. E
conclui: “Pode-se dizer que tais fato apontam para o enriquecimento
ilícito”.
Pelo que vejo vereadores por lá trabalha e investiga o poder executivo... diferente desse chiqueiro chamado do Buriti que so tem porcos na camara
ResponderExcluirsorte deles.aqui os daqui,jorge do sindicato cria até uma viajem para n dá as caras na sessão.no unico dia da semana.
ResponderExcluirA corrupção dos prefeitos só acontece quando vereadores não fazem nada, cruzam os braços e simplesmente ignoram o que acontece. O povo tem que abrir os olhos e prestar mais atenção no que eles fazem ou deixam de fazer, e espere eles em casa ou quando eles subirem em um palanque p falar, questione eles, lembre de cada ação que eles não fizeram e der sua resposta nas urnas.
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