Desde o último dia 21 de maio
os professores do município de Brejo estão em greve. Eles reivindicam melhores
condições de trabalho e respeito do gestor municipal no cumprimento dos
direitos da categoria.
Na última segunda-feira
(25/5), o Ministério Público Estadual (MPE) realizou uma audiência entre gestor
municipal e o sindicato dos Professores, porém não houve nenhum acordo entre as
partes.
Diante
do impasse, a promotora de Justiça recomendara ao município que ao menos pagasse
a diferença das férias de 2014 ainda devida pela prefeitura. Esse débito, inclusive,
já está sendo cobrado na Justiça pelo Sindicato dos Profissionais da Educação
do Município de Brejo (SINPROEMB).
O SINPROEMB reivindica ainda que a prefeitura
pague o abono salarial dos professores, referente a 2014. De acordo com a presidente do sindicato, Idenilde
Monteiro, entrou nos cofres públicos da prefeitura de Brejo, de fevereiro a
abril, cerca de 2,6 milhões de reais para ajuste do Fundeb de 2014.
O CORREIO BURITIENSE analisou o montante do Fundeb repassado para a
prefeitura em 2014 e 2015 (este até maio). Só no ano passado, conforme dados do
Portal da Transparência, Brejo recebeu mais de 19 milhões de reais do Fundeb.
Neste ano, o município,
que sonega o abono salarial e parte do terço de férias dos professores, já
recebeu do Fundeb R$ 10.349.683,80 (dez milhões, trezentos e quarenta e nove
mil, seiscentos e oitenta e três reais e oitenta centavos).
Sem a disposição da
prefeitura em negociar honestamente (inclusive sem insultos à categoria), os
professores se reuniram em assembleia geral extraordinária e decidiram,
unanimemente, pela continuidade da greve.
Na sessão dessa sexta-feira (29), a Câmara de
Vereadores pode instalar uma CPI para analisar o caso. Cinco vereadores já
estariam comprometidos em assinar uma investigação. Os professores devem lotar
a Casa legislativa para cobrar o apoio.