Jornal Nacional fez flagrantes da venda de
um produto que só poderia ser vendido em lojas especializadas e com autorização
do Exército.
*Do G1.com
O acesso fácil a armas de fogo é um dos maiores problemas de segurança
pública no mundo todo. Mesmo nos países onde existem leis para restringir o
comércio delas.
No Nordeste, no Maranhão, o Jornal
Nacional flagrou a venda de munição pesada sem nenhum controle em
mercearias. Um produto que só poderia ser vendido em lojas especializadas e com
autorização do Exército.
Na loja de material para o campo, em Santa Quitéria, Leste do Maranhão, repórteres
da TV Globo compraram cartuchos calibre 12, sem nenhum documento de
identificação.
Vendedor: É 16, não é?
Jornal Nacional: É 12.
Vendedor: Quatro 12. Carregado.
Quando retornaram à loja, desta vez sem esconder a câmera, o comerciante
até reconhece a proibição e nega que venda munição de calibre grosso.
“Eu vendia.
Antes eu vendia. Mas quando começou eu ver que aquilo não está certo, aí eu
vendo esse chumbinho. É pólvora, espoletinha para espingarda de ouvido. Só”, garante José
Camilo, comerciante.
O comércio de munição é feito sem nenhum controle, na maioria dos
municípios maranhenses. Basta ter o dinheiro e qualquer um pode comprar
cartuchos de alto poder de impacto.
Em uma mercearia em Magalhães de
Almeida, na divisa do Maranhão com o Piauí, o comerciante até incentiva a
compra de cartuchos calibre 16. “Dá pra
derrubar até elefante”, afirma.
A compra é feita sem nenhum documento. Quando retornamos a conversa
muda.
Raimundo Ferreira Lopes, comerciante: Eu ainda
vendo chumbo. Chumbo só. E espoleta.
Repórter: E cartucho carregado, o senhor
vende?
Raimundo: Não. Larguei.
Repórter: Há muito tempo o senhor não
vende?
Raimundo: Há muito tempo eu larguei.
Repórter: Faz mais ou menos quanto tempo,
seu Raimundo?
Raimundo: Talvez tem uns dois anos.
O estatuto do desarmamento determina que apenas lojas cadastradas vendam
munição e para quem tem arma registrada correspondente ao calibre procurado.
Para a Polícia Militar, o comércio ilegal é um dos fatores para o aumento da
taxa de homicídio no Maranhão que passou de 11,7, quando a lei entrou em vigor,
para 26 a cada cem mil habitantes em 2012, segundo o mapa da violência no país.
O chefe do Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados do Exército –
um dos órgãos que controlam a venda de munição no estado - reconhece que não
tem como controlar o comércio ilegal.
ASSISTAM
A ÍNTEGRA DESTA REPORTAGEM DE HOJE DO JORNAL NACIONAL CLICANDO NO LINK ABAIXO:
O jornal nacional e o fantastico deveriam vim em Buriti... aqui é que a sacanagem rola solta (gestores publicos e venda de muniçoes)
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