Carta Capital e o CORREIO BURITIENSE apoiam a
reeleição porque sabe que o PSDB é a direita e uma vitória tucana significaria
o retorno ao passado.
Leiam abaixo editorial da revista semanal Carta
Capital que este CORREIO endossa e reproduz com alguns enxertos em colchetes.
* Por Mino Carta — Publicado 07/10/2014
04:17
A mídia nativa encontra à última hora o novo
salvador da pátria. Aécio Neves atropela Marina Silva na reta final do primeiro
turno da eleição presidencial e consegue o segundo lugar com uma porcentagem de
votos que supera as expectativas. O tucanato está em festa, e tem boas razões
para tanto, a se considerar a rápida ascensão do seu candidato. Agora na aposta
da continuidade do desempenho em elevação.
O verdadeiro partido de oposição [PIG], a saber a
imponente estrutura midiática [GLOBO, FOLHA, ESTADÃO, VEJA], exulta, na certeza
de que sua atuação foi decisiva em alguns estados, sobretudo em São Paulo. De
fato, este primeiro turno confirma a terra bandeirante como a mais reacionária
do País. São Paulo não somente reelege um governador incompetente como Geraldo
Alckmin, irresponsável até em vários casos, além de envolvido em escândalos,
mas também confere a Aécio Neves uma vantagem abnorme em relação a Dilma
Rousseff.
Segundo aspecto do pleito a ser acentuado: a
clamorosa falha das pesquisas em vários estados. Em São Paulo, a surpresa está
no resultado alcançado pelo candidato do PT, Alexandre Padilha, muito acima da
porcentagem atribuída pelas pesquisas, tão baixa de fio a pavio, a ponto de
levar a Globo a se desinteressar, com indisfarçável alegria, da cobertura da
sua campanha.
Notável o erro em relação à Bahia, onde a vitória
de Paulo Souto no primeiro turno era garantida por robusta porcentagem, e onde
quem se sagrou governador de saída é o escolhido de Jaques Wagner, Rui Costa. E
no Rio Grande do Sul quem trafegou em terceiro lugar desde o início da campanha
a governador, Ivo Sartori, do PMDB, vai para o segundo turno em primeiro lugar.
Cabe questionar os institutos: incompetência ou má-fé? Deslize em proveito da
crença guardada a sete chaves, ou falta total de acuidade?
Algo mais a anotar: o excelente resultado obtido
pela presidenta no Nordeste, a região que soube entender e aproveitar o êxito das
políticas realizadas nos últimos 12 anos pelos governos de Lula e Dilma.
Mais expressivo de todos, o desfecho baiano. Ali havia motivos para temer o
retorno do carlismo, já representado na prefeitura de Salvador pelo neto de
Antonio Carlos. Registra-se o êxito da administração wagneriana, sem cavalgada
das Valquírias.
Na visão óbvia das próximas três semanas, a nos
separar do segundo turno da eleição presidencial, não é árduo prever uma disputa ao último
sangue, com a participação maciça da mídia alinhada compactamente às costas do
tucanato e, do outro, de Lula, novamente em ação, talvez mais do que nunca.
Cabe comparar a situação de hoje com
aquela de quatro anos atrás. Dilma cai cerca de 5 pontos porcentuais, enquanto
Aécio melhora em cerca de 1 ponto a posição do então candidato José Serra.
Marina Silva também cresceu cerca de 2. Ou seja, as condições não estão muito longe daquelas
de 2010. E, por outra, repete-se a polarização tradicional nas últimas duas
décadas. E esta é a hora de reafirmar o apoio de CartaCapital à
presidenta.
As nossas motivações se reforçam nesta fase do
confronto. Ao se inaugurar a campanha, previa neste espaço que tanto Aécio
quanto Marina seriam inevitavelmente arrastados para a direita ao surfar a onda
midiática. Neste gênero de entrega ao chamado das sereias os tucanos já
mostraram largamente a sua escassa vocação odisseica. Foi o que se deu com
Fernando Henrique Cardoso na Presidência e com José Serra em diversas
oportunidades. Ambos tornaram-se empedernidos reacionários, a exibir toda a
inconsistência ideológica da chamada esquerda brasileira. Ou, pelo menos, de
certa vertente dita esquerdista.
A esta altura, Aécio já disse a que veio. Em um
ponto, certamente, a orientação fica definida. Confesso meu pavor diante da perspectiva de
ter Armínio Fraga como ministro da Fazenda, destemido arauto do neoliberalismo,
não menos de FHC e seu governo. Apavorante retorno ao passado, para
falar alto e bom som, igual a um editorial do Estadão. Temo,
obviamente, que a ameaça formulada então, a privatização da Petrobras, se
concretize caso Aécio chegue ao trono. E me pergunto o que será de uma política
exterior que desatrelou os interesses do Brasil daqueles dos Estados Unidos,
ora viva.
E
que sobraria de uma política social que melhorou a vida de boa parte de
condenados à miséria e investiu bastante em educação? Avanços insuficientes, é
verdade factual, mas importantes no País da casa-grande e da senzala. E
esta continua a ser a questão central. Como há de ser para quem se empenha a
favor da igualdade.
Apoiamos Dilma porque ela representa esperança
de igualdade, e CartaCapital [assim como o CORREIO BURITIENSE] não arrefece na
expectativa de quem dela se aproxime cada vez mais. O estadista almejado. Dono,
por exemplo, de sabedoria e coragem para coibir os desmandos midiáticos, a
começar pela hegemonia da Globo, na terra do futebol onde o próprio, e chego
aos limites do cogitável, é disputado nos horários que ela decide. Este pode
ser tomado como exemplo miúdo, mas não é.
E se falamos de esporte, regras hão de ser
estabelecidas para impedir de vez a farra dos cartolas, de forma a devolver
dignidade ao esporte das multidões. É deste gênero de atuação que o povo
precisa, inserida no quadro de uma política social voltada às demandas mais
profundas da alma nacional.
Não precisamos, por exemplo, de uma dita Comissão
da Verdade que se apavora diante da verdade. Factual, está claro. Precisamos,
isto sim, liquidar de vez uma lei da anistia imposta pela ditadura encerrada há
quase 30 anos. Atitudes deste porte, talvez menor na aparência, provariam de
fato uma ousadia nunca dantes navegada, a indicar um governo capaz de dar
início à demolição da casa-grande e da senzala. Conduzida em paz, em
sintonia, porém, com o nosso tempo.
Grandes diferença faz o correio buritiense e seu apoio a reeleição de Dilma...kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirVC NÃO FAZ DIFERENÇA NENHUMA EM UMA REGIÃO COMPRADA PELO BOLSA FAMÍLIA...entenda meu jovem! a região nordeste já é PT, e será de qquer um que mantenha programas sociais intactos. Quem tem o mínimo de consciência e noção de política não vota no PT. Não vou nem citar os motivos, até pque militantes não ligam pra isso.
Outra dica: quer ser respeitado? pratique jornalismo imparcial, é legal e mostra profissionalismo!
Se você se incomodou com o apoio do Correio Buritiense à reeleição de Dilma já fez uma diferença. QUEM TEM O MÍNIMO DE CONSCIÊNCIA E NOÇÃO DE POLÍTICA NÃO DIZ ASNEIRA COMO VC. Se vc e sua opinião sequer fizessem diferença se identificaria para comentar e poder debater com conteúdo e não se esconder covardemente no anonimato. Porque pessoas como vc são uns fracos e covardes, incapazes até mesmo de se mostrarem para opinar. Prezado, só faltou vc citar a Veja como exemplo de jornalismo imparcial. Procure estudar um pouco mais sobre política, economia e jornalismo para debater comigo.Ah, e mais, se identificando, sem ser covarde. ALIANDRO BORGES, Redator-Chefe do Blog Correio Buritiense.
ExcluirAliando não somente a revista veja, o jornal nacional e tantos outros!
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