O Blog Folha do Garapa publicou
em sua página na internet, na última quarta-feira (08/10), que está ocorrendo uma
onda de destruição aos Morros Garapenses
urbanos em Duque Bacelar-MA causada por moradores que se impõe a
preservação destes ecossistemas e suas vegetações. Para o blog, este fato é
bastante triste e preocupante, porque os morros e sua vegetação contribuem para
a melhoria da qualidade de vida da população diminuindo o calor, evitando as
erosões no centro da cidade, sendo belezas naturais e cênicas e fonte de lazer
em suas trilhas e de turismo contemplativo.
De acordo com o blog, essa onda de destruição é
estimulada pela gestão municipal local que, irresponsavelmente, está
liberando a patrol do PAC para os moradores destruidores as encostas dos morros
para fazerem casas. A gestão também encoraja os moradores derrubarem as
árvores, queimarem e fazerem roças ilegais, através da Secretaria Municipal de
Meio Ambiente, que é inoperante e fica calada diante dos crimes.
A ABAMA já denunciou alguns criminosos na delegacia
local, esperando que esses sejam punidos pelos crimes ambientais cometidos.
SAIBA
MAIS SOBRE A ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL (APA) DOS MORROS GARAPENSES - Criada pelo Governo do Estado do Maranhão, na gestão
de Jackson Lago, através da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, pela Lei Nº
25.087 de 31 de Dezembro de 2008, abrangem uma área de 234. 767.9097 ha, nos
municípios de Buriti, Duque Bacelar, Coelho Neto e Afonso Cunha. Com cinco anos
de criação, sendo a mais nova do Estado, essa Unidade de Conservação maranhense
localizada no Baixo Parnaíba e Alto Munim, é a única de jurisdição estadual que
possui um Conselho em funcionamento. O CONAMG é um Conselho atuante e
participativo junto ao Governo e a sociedade, caminhando nestes dias para o seu
terceiro mandato. O CONAMG possui 16 representantes que se reúnem
ordinariamente quatros vezes ao ano, buscando soluções para os problemas
ambientais e da sustentabilidade da Unidade.
A vegetação da APA
dos Morros Garapenses, possui grande extensão ainda preservada dos
ecossistemas transitórios de caatinga, mata de cocais e cerrado (este um dos
biomas brasileiros mais ameaçados), da região leste do Maranhão. Sua Hidrografia
é banhada por dois importantes rios: Parnaíba e Munim, tendo em seu território
as nascentes do rio Preto e Estrela, e dezenas de nascentes formadora de uma
rica rede hidrográfica de riachos e lagoas naturais; onde a fauna, apesar de
várias espécies de mamíferos e aves já extintas, como o gato-maracajá,
onça-parda, jacu-de-porco, etc., pela caça predatória e destruição de áreas
verdes, ainda se beneficia destes recursos, sendo ainda grande.
Assim, com essa diversidade de aves e peixes dentro
e no entorno da APA dos Morros Garapenses, os ambientalistas, os
estudiosos e a população em geral podem ainda observar e preservar
essa viva e pulsante diversidade de seres. Outra grande atração de beleza ímpar
é a floresta petrificada de árvores pré-históricas do período do dilúvio,
encontrada em diversos sítios fosselíferos da APA, constituindo esses sítios um
dos principais patrimônios ambientais e culturais do Maranhão
VEJAM IMAGENS DA DESTRUIÇÃO AMBIENTAL