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MAPA COM ABRANGÊNCIA GEOGRÁFICA DA APA DOS MORROS GARAPENSES. |
Foram
dois anos de muitos diálogos do Conselho do APA dos Morros Garapenses - CONAMG
- com a Secretária de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão
para serem reservados os recursos do Estado para a elaboração do Plano de
Manejo dessa Unidade de Conservação do Baixo Parnaíba, até que na última
reunião da Câmara de Compensação Ambiental do Maranhão, em Dezembro de 2012, os
recursos na ordem de 800 mil foram aprovados.
No
começo de 2014, seis Conselheiros do CONAMG tiveram uma audiência com a atual
Secretária de Meio Ambiente do Estado, Genilde Campagnaro, e a mesma deu sinal
verde para que neste ano ainda, precisamente junho, o Plano de Manejo
da APA dos Morros Garapenses teria um começo.
A
partir desta matéria, o Folha do Garapa em parceria com o CORREIO
BURITIENSE e outros Blogs da região dos morros garapenses, começam
uma mobilização para que o Plano de Manejo de nossa APA seja de fato iniciado,
e que as populações dos quadros municípios formadores da APA, Buriti, Duque
Bacelar, Coelho Neto e Afonso Cunha entendam o que seja um Plano de Manejo,
diante da realidade de quer todos os habitantes desses municípios deverão ser
convocados para participarem em audiências públicas na construção deste
Plano, do começo ao final.
Segundo
Paulo César, coordenador da Tramitt, uma Organização
da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP)
com sede em Brasília, o Plano de Manejo a ser elaborado na APA dos Morros
Garapenses já consta com um fator administrativo e social bastante favorável, a
existência do CONAMG, cuja função de cogestão da APA, deva acompanhar a
elaboração, implantação e revisão do Plano, em ações de controle social junto
ao Estado, sendo bastante motivador, diz Paulo.
Pelas
diretrizes do Sistema Nacional de Unidade de Conservação- SNUC, o Plano de
Manejo da APA dos Morros Garapenses contará com documentos que fundamentarão os
objetivos gerais e a existência da APA, estabelecendo o seu zoneamento e as
normas que deverão presidir o uso dos recursos naturais de toda área protegida,
tanto dentro, como no seu entorno, incluindo a implantação das estruturas
físicas necessárias para à gestão da unidade. Com esse Plano se terá estudos e
documentos oficiais que propiciaram uma visão geral de todas as áreas dos
municípios morros garapenses. Estudos e relatórios tanto da situação da fauna,
flora, relevo e clima regional, como a realidade atual da monocultura da soja,
eucalipto e bambu; da agricultura familiar e as maneiras mais racionais e
sustentáveis do uso dos recursos naturais nessa Área de preservação.
O
ambientalista Francisco Carlos Machado, ver com muita alegria que o Plano de
Manejo Morros Garapenses seja elaborado em cinco anos após a criação da APA,
pois pelo SNUC toda Unidade de Conservação criada deve ter, neste prazo, seu
plano concluído. “É mais uma prova que sonhos sociais devem ser
sonhados com ações e orações legítimas e verdadeiras; com a esperança e o espírito
de luta e conquistas inflamando; assim nunca cedendo diante do ainda não
alcançado, construindo realidades ainda não existentes”, afirma Francisco Carlos.
O
certo também, se espera, que o Plano de Manejo ocorrendo em tempo hábil, e
depois sendo executado, motivará mais ainda que todos os líderes eco sociais de
Duque Bacelar e Coelho Neto, que no momento tem muito se empenhado com a gestão
da APA Morros Garapenses, para continuarem se esforçando com penhor por nossa
região. O Plano favorecerá brevemente também a captação de recursos para
diversos projetos em todas as áreas, desde educação ambiental, agricultura
sustentável e familiar, recuperação de nascentes e áreas degradadas afins dos
municípios, como projetos de cultura e turismo. Nisto torna-se preciso que os
lideres sociais de Buriti e Afonso Cunha retorne com o empenho e a participação
coletiva, a integração que mantinham anteriormente, para que o território de
seus municípios também seja diretamente beneficiado.
O
segredo da vitória da cidadania sustentável na APA dos Morros Garapenses é a
organização da sociedade civil destes municípios em ONG, OSCIP e movimentos
sociais, sabendo para tanto cobrarem dos governos constituídos ações para o bem
comum. Não somente cobrarem, mas também construírem conscientemente com todos,
governo e sociedade, elaborando projetos, agindo pontualmente e criativamente
em tudo; e acima de tudo com honestidade, na fiscalização e na captação e
execução dos recursos. E dentro das perspectivas que existirão com o Plano de
Manejo, para alcance do desenvolvimento sustentável nestes quatro municípios
maranhenses, podemos construir sim uma sociedade regional mais próspera em
tudo.