*Por Repórteres da Agência Brasil
Em pronunciamento em rede nacional de rádio e TV, a
presidenta Dilma Rousseff anunciou que vai corrigir a tabela do Imposto de
Renda e atualizar os valores pagos aos beneficiários do Programa Brasil sem
Miséria. Segundo ela, a correção trará um “importante
ganho salarial indireto e mais dinheiro no bolso do trabalhador”,
favorecendo quem vive da renda do trabalho. O discurso é para marcar o Dia do
Trabalho, celebrado amanhã (1º).
"Acabo de assinar
uma medida provisória corrigindo a tabela do Imposto de Renda, como estamos
fazendo nos últimos anos, para favorecer aqueles que vivem da renda do seu
trabalho. Isso vai significar um importante ganho salarial indireto e mais
dinheiro no bolso do trabalhador", disse.
No último dia 10 de março, a Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB) entrou com uma ação direta de inconstitucionalidade no Supremo
Tribunal Federal (STF), pedindo a correção da tabela para os isentos do
pagamento de imposto de renda, segundo a inflação medida pelo Índice de Preços
ao Consumidor Amplo (IPCA). A OAB alegou que há defasagem acumulada de 61,24%
no cálculo durante o período de 1996 a 2013, de acordo com o Departamento
Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Se a correção
for feita como pedido pela OAB, estarão isentos contribuintes que ganham até R$
2.758, e não R$ 1.787 como é hoje.
“Assinei também um
decreto que atualiza em 10% os valores do Bolsa Família recebidos por 36
milhões de brasileiros beneficiários do Programa Brasil sem Miséria”, declarou Dilma, programa que, segundo a
presidenta, vai garantir que esses cidadãos continuem acima da linha da extrema
pobreza, definida pela Organização das Nações Unidas. O programa garante às
famílias renda mínima de R$ 70 por pessoa. No início deste ano, o valor médio
do pagamento aos beneficiários do Bolsa Família era R$ 150,60.
Sobre o aumento do salário mínimo, corrigido pela
inflação, é um “instrumento efetivo para
a diminuição da desigualdade” entre os trabalhadores, a presidenta assumiu
o compromisso de “continuar a política de
valorização do salário mínimo”. Dilma rebateu críticas sobre o crescimento
do mínimo. “Para eles, um salário mínimo
melhor não significa mais bem-estar para o trabalhador e sua família, dizem que
a valorização do salário mínimo é um erro do governo e, por isso, defendem a
adoção de medidas duras, sempre contra os trabalhadores”.
Durante o pronunciamento, a presidenta defendeu as
políticas econômicas, como o “crescimento
com estabilidade” e o “controle rigoroso da inflação”. Sobre este assunto,
Dilma afirmou que “aumentos localizados
de preço” causam “incômodo às
famílias, mas são temporários e, na maioria das vezes, motivados por fatores
climáticos”.
Em relação ao setor energético, Dilma disse que a
tarifa de energia teve “a maior redução
da história”. “A seca baixou o nível
dos reservatórios e tivemos de acionar as termoelétricas, o que aumentou muito
as despesas. Imaginem se nós não tivéssemos baixado as tarifas de energia em
2013”. Segundo ela, os investimentos feitos em geração e transmissão de
energia permitem hoje ao Brasil “superar
as dificuldades momentâneas, mantendo a política de tarifas baixas”.
ASSISTA ABAIXO O PRONUNCIAMENTO COMPLETA DA PRESIDENTA
http://www.youtube.com/watch?v=6WpNChMzlFg
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